Chamam-lhe o néctar dos deuses e ao longo de séculos tem sido o ganha pão de muita gente na Beira Interior. Já no século XVII os azeites da Beira Interior se exportavam para os países do Norte da Europa, trazendo bons lucros e desenvolvimento à economia da região, contribuindo para importantes mudanças na paisagem rural e no nível de vida das populações.
Um azeite esverdeado com baixa acidez e aroma frutado, gerado a partir de algumas das 25 variedades autóctones portuguesas de azeitona: galega, cordovil e bical de Castelo Branco, na Beira Baixa, e carrasquenha, cobrançosa, carrasquinha e cornicabra na Beira Alta.
Nas últimas décadas, o êxodo rural e a falta de mão-de-obra contribuíram para o declínio da olivicultura e oleicultura, principais actividades agrárias da região. Restam, de acordo com a Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI), 70 mil hectares de olival repartidos por 20 mil olivicultores e 35 mil explorações.
Olivais pequenos e envelhecidos, pouco tratados e produtivos, e lagares com fraca capacidade de laboração e armazenamento (na Beira Interior são quase duas centenas) ditaram o declínio de um sector que no século XVIII garantia receitas avultadas ao país com as exportações de azeite para o norte da Europa.
Até 2013 Portugal deverá duplicar a quantidade de azeite, tornando-se de novo auto-suficiente. Um acréscimo estimado de 60 mil toneladas graças aos novos 50 mil hectares de olival intensivo de regadio, plantados no sul do país nos últimos seis anos. Foi em grande parte o investimento espanhol a conseguir esgotar a quota de 30 mil hectares destinados em 2003 pela União Europeia (UE) à renovação, duas décadas depois do incentivo da antiga Comunidade Económica Europeia ao arranque de olival.
As seis regiões com DOP - Denominação de Origem Protegida (Trás-os-Montes, Beira Interior, Ribatejo, Norte Alentejano, Alentejo Interior e Moura) deram um empurrão na valorização deste ouro líquido ancestral.
Denominação de Origem Protegida da Beira Interior
Os Azeites da Beira Interior - DOP fazem parte da matriz cultural da região Beira Interior, cujos olivais são parte integrante da paisagem. Dadas as características organolépticas e as variedades de azeitona, os Azeites da Beira Interior integram dois tipos regionais: Azeite da Beira Alta e Azeite da Beira Baixa.
O Azeite da Beira Alta - DOP apresenta uma coloração amarela levemente esverdeada a amarela clara levemente esverdeada, com aruma suí generis e sabor a fruto. Obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, Cornicabra, Carrasquenha, Negrinha, Madural e Cobrançosa.
O Azeite da Beira Baixa - DOP apresenta uma coloração amarela clara levemente esverdeada a amarela clara, com aruma sui generis e sabor a fruto. Obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, mas também da Bical e Cordovil.
A área geográfica correspondente à produção dos Azeites da Beira Interior abrange cerca de 11.958 km2 e compreende os seguintes concelhos:
Para o Azeite da Beira Alta: Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia e Trancoso;
Para o Azeite da Beira Baixa: Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Mação, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sabugal, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão.
Área geográfica |
- Índice de Peróxidos máximo - 19;
- Cor - coloração amarela levemente esverdeada a amarela clara, levemente esverdeada;
- Ácidos Gordos ( % ) - 22:0 - máx. 0,2;
- Aroma - sui generis;
- Sabor - a fruto.
ptqc.drapc.min-agricultura
beiratv
Nós, Samarras temos a felicidade de ter um azeite de qualidade à mesa todo o ano.
ResponderEliminarAtenção com os larápios que roubaram o lagar cá de cima, maquinarias e azeite
ResponderEliminarGNR desenvolve operação "Lagareiro 2013/2014"
ResponderEliminarA Guarda Nacional Republicana (GNR) informou que os militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) realizam, até 15 de janeiro, em todo o país, ações de fiscalização em instalações fabris de produção de azeite.
A operação, denominada "Lagareiro 2013/2014", tem como objetivo identificar e reprimir incumprimento à legislação em vigor, nomeadamente no que respeita ao funcionamento e licenciamento dos lagares de azeite e ao encaminhamento e gestão de resíduos, refere o comando-geral da GNR, em comunicado. A GNR adianta que a fiscalização dos lagares permite ainda "a aquisição de informação detalhada sobre o tipo e quantidade de resíduos produzidos, bem como do seu tratamento, acondicionamento e destino". Segundo a corporação, os militares do SEPNA da GNR vão estar atentos "ao licenciamento dos lagares, à gestão de todos os resíduos provenientes da transformação da azeitona em azeite, bagaço e águas ruças e outras situações ilegais que constituam infração às normas de proteção do ambiente".
tá tudo lixado
Eliminarvou ali e já volto se tiver tempo