Os cinco cantos do mundo foram destino de muitos Samarras, pelo que também chegaram a Toronto na década de 60 e o pioneiro foi José dos Santos, hoje com 80 anos, que veio via Brasil, este sim um dos grandes destinos de emigração de gente samarra no séc. XX, onde deixou a família ate ter condições para a chamar para junto de si. Foi através desta família primogénita, não Adão e Eva, mas sim José e Eva que os restantes rumaram a este grande país e a comunidade samarra tem hoje 26 indivíduos sendo que 9 deles já nascidos aqui.
Temos então três gerações de sangue samarra nesta cidade, não constando que hajam outros neste grande país.
A família da foto, junto do monumento CN Tower composta por: Adelino e Amélia Tomás, seus dois filhos Michael e Jason, Maria a nora e a pequena Abigail, filha do Michael e da Maria uma minhota/samarra por adoção.
Estes conterrâneos começaram a vida a trabalhar, eles na construção civil e elas em tarefas domésticas ou fábricas e por vezes acumulando ambas, o que aliás aconteceu à maioria dos emigrantes samarras da primeira geração, anos 50 e 60 do século passado, sobretudo na Europa e América do Norte.
Trabalharam no duro, comeram o pão amassado com o suor do seu rosto, mas o esforço valeu-lhes o resultado que hoje apresentam. Uma vida desafogada e os seus filhos, agora com formação académica e com outras ferramentas puderam aspirar a empregos menos duros e melhor remunerados. Todos estes emigrantes fizeram desta grande nação o seu país de adoção agora para acompanharem os filhos e ajudarem a criar os netos.
Ao perguntar-lhes se costumam visitar o blog "O SAMARRA", respondem que o fazem sempre que têm oportunidade, na expectativa de encontrarem notícias sobre a aldeia que um dia os viu partir, ou passeando-se pelas ruas e becos, e que diferentes estão hoje! Nessa altura tropeçava-se aqui e levantava-se além, sobretudo quando acabava o petróleo na candeia lua, tentam matar saudades que arrastam consigo nas memórias de meninos e jovens, mostram aos filhos e netos do seu percurso de vida até chegarem onde estão hoje. Gostariam de ver mais notícias, que para os residentes, que pelo facto de fazerem parte delas, tornam-se em não notícias, mas na diáspora tem um sabor especial. Por exemplo notícias sobre as festividades, um óbito de alguém que conheceram, escritos que lhe recordem a vivência na aldeia, todos estes temas são lidos e revisitados com avidez. Mais um testemunho gratificante para os administradores e para os que alimentam este sítio de encontro dos emigrantes samarras do mundo.
Texto: Apaulos
Setembro 2012 (11)
(Offtopic: lembrei-me agora assim, de repente... E que tal, a propósito dos incêndios anuais que assolam os terrenos aí na zona, se organizasse uma plantação de árvores com uma escola primária qualquer, de forma a passar uma mensagem de preservação ambiental aos putos, enquanto as paisagens samarras ganhavam o verde de volta... Win/win para toda a gente.)
ResponderEliminarIha pá... Assim é que se toma verdadeira consciência de que a gente samarra pertence ao Mundo.
Um abraço para o Canadá. Estamos em todos os cantos do mundo, incrivél.
ResponderEliminarControverso, está lá, bem visto.
Obrigado A PAulos pela partilha, para nós que estamos longe da nossa aldeia é bom saber que não estamos sózinhos.
ResponderEliminarAbraço sentido a todos. Obrigado.
Luis
sendo eu uma natural da terra mais linda de Portugal sinto-me honrada de pertencermos todos ao mesmo grupo apesar de todas as diferenças mais que evidentes. Sempre vi estas estórias de emigração de uma forma especial, sinto uma grande admiração por todos aqules que o fizeram. Ao ler estas crónicas sinto-me pequena e ao mesmo tempo vaidosa por pertencer "à terra" onde eu cresci. Obrigado também.
ResponderEliminarpedi ao meu filho para escrever aqui, internet não é do meu tempo mas venho aqui quase todos os dias
Não pretendendo fazer do facto um apontamento inadequado, aproveito este meio para desejar as mais rápidas melhoras ao conterrâneo e amigo António Martinho.
ResponderEliminarForte abraço.
José M. Fernandes
A nossa Santa Eufêmia cresceu muito nos últimos anos. Alindou-se, perfilou-se como uma das mais belas aldeias do concelho, senão a mais bela. Para isso , todos contribuímos de alguma forma. Tributo seja prestado em primeiro lugar aos que ali habitam 365 dias por ano: são eles os verdadeiros guardiões da aldeia; em segundo lugar a todos aqueles que por trabalharem(e morarem) ali por perto, sempre que podem, principalmente aos fins de semana, ali estão a tornar grande a nossa aldeia; em terceiro lugar a todos os que morando habitualmente um pouco mais longe,ali vão sazonalmente; e por último aos nossos emigrantes, que quando chega a hora das férias, não hesitam em rumar até lá, emprestando á aldeia um movimento que até ali não tinha.Todos damos o nosso contributo. Que assim continue.....
ResponderEliminarCR52 ( Celestino Rodrigues)
eu sou dos que lá vão sazonalmente e está uma senhora aldeia, sem dúvidas.
EliminarMas cuidado, é preciso manter o nível a que chegou esta aldeia e o presidente actual da junta neste aspecto tem falhado nomeadamente na limpeza e apresentação de certos espaços públicos. As ruas e as pessoas têm que ser todas tratadas da mesma forma independentemente de quem votou em quem. Ouvi histórias bem estranhas na minha ultima passagem pela minha linda aldeia.
Foi só um reparo desculpem-me por isso, estou de acordo com o CR52.
Abraço a todos.
Luis