Nomes vulgares: erva-do-diabo, erva-das-bruxas, erva-dos-mágicos, figueira-do-inferno, figueira-brava, catanheiro-do-diabo, pomo-espinhoso, trompeta de anjo
-Estatuto letal em Portugal
Espécie invasora
-Distribuição em Portugal Continental
Todas as províncias
-Motivos para a introdução
Provável introdução acidental
A origem do nome vem do hindú “dhát”, um veneno preparado com plantas, e “tatorah”, entorpecente. Plantas desse género e de alguns outros géneros de Solanáceas apresentam compostos com propriedades alucinogénias, o que é conhecido desde tempos imemoriais. Povos primitivos, tanto da Eurásia como do Novo Mundo, fizeram intenso uso dessas propriedades em rituais místicos e religiosos, bem como para fins medicinais; outros usos eram criminosos, para tirar a consciência das pessoas para as roubar ou matar.
Toda a planta é extremamente venenosa. Diversas espécies de Datura são originárias do Novo Mundo, mas Datura stramonium é originária de uma região à volta da Cordilheira do Himalaia, na Ásia Menor e de regiões a volta do Mediterrâneo, foi levada para as mais diversas regiões do mundo, sendo hoje de distribuição universal. Apresenta ampla ocorrência no Continente Americano, sendo que no Brasil pode ser encontrada em grande parte do território, mas raramente forma grandes concentrações. Cultiva-se em grande escala para fins medicinais. São colhidas as folhas e as sementes. As folhas devem ser cortadas de manhã cedo, no princípio da floração. São primeiro secadas estendidas ao lado umas das outras, em seguida podem ser amontoadas. Num secador, a temperatura não deve ultrapassar os 45ºC. As sementes são retiradas após a secagem das cápsulas. Os dois produtos contêm alcalóides derivados do tropano (0,4%), a hiosciamina, a atropina, a escopolamina. Estas substâncias são espasmolíticas (aliviam as contracções musculares), diminuem as secreções glandulares e dilatam os brônquios. São apenas tratadas no âmbito da indústria farmacêutica, e os remédios à base destas substâncias só podem ser prescritos por um médico. É uma planta tóxica para os animais e para o homem. Os envenenamentos de crianças pelas sementes de estramónio são relativamente frequentes, sendo a dose letal, aproximadamente, 20 sementes.
Os efeitos alucinogénios provocam visões e sensações que eram tidas como formas de comunicação com os deuses. Curandeiros e adivinhos buscavam inspiração nessas visões. Ritos de iniciação, bem como de passagem de condições de crianças para adultos, envolviam o uso de preparados dessas plantas. Na região de Bogotá as viúvas e os escravos dos guerreiros mortos recebiam uma bebida com extractos dessas plantas, com o que entravam em estado de torpor e assim eram enterrados vivos com os seus senhores. Plantas dos grupos mencionados não são substitutivas de plantas que fornecem drogas, como canábis sativa, papoula ou coca, pois ao lado do efeito alucinogénio, existe um forte efeito tóxico, e uma “viagem” com Solanáceas frequentemente não tem retorno. Don Juan no livro “A Erva do Diabo” de Carlos Castañeda, refere-se nestes termos a esta espécie: “– A erva-do-diabo tem quatro cabeças; a raiz, a haste e as folhas, as flores e as sementes. Cada qual é diferente, e quem a tornar sua aliada tem de aprender a respeito delas nessa ordem. A cabeça mais importante está nas raízes. O poder da erva-do-diabo é conquistado por meio de suas raízes. A haste e as folhas são a cabeça que cura as moléstias; usada direito, essa cabeça é uma dádiva para a humanidade. A terceira cabeça fica nas flores, e é usada para tornar as pessoas malucas ou para fazê-las obedientes, ou para matá-las. O homem que tem a erva por aliada nunca absorve as flores, nem mesmo a haste e as folhas, a não ser no caso de ele mesmo estar doente; mas as raízes e as sementes são sempre absorvidas; especialmente as sementes, que são a quarta cabeça da erva-do-diabo e a mais poderosa das quatro”.
-Estatuto letal em Portugal
Espécie invasora
-Distribuição em Portugal Continental
Todas as províncias
-Motivos para a introdução
Provável introdução acidental
A origem do nome vem do hindú “dhát”, um veneno preparado com plantas, e “tatorah”, entorpecente. Plantas desse género e de alguns outros géneros de Solanáceas apresentam compostos com propriedades alucinogénias, o que é conhecido desde tempos imemoriais. Povos primitivos, tanto da Eurásia como do Novo Mundo, fizeram intenso uso dessas propriedades em rituais místicos e religiosos, bem como para fins medicinais; outros usos eram criminosos, para tirar a consciência das pessoas para as roubar ou matar.
Toda a planta é extremamente venenosa. Diversas espécies de Datura são originárias do Novo Mundo, mas Datura stramonium é originária de uma região à volta da Cordilheira do Himalaia, na Ásia Menor e de regiões a volta do Mediterrâneo, foi levada para as mais diversas regiões do mundo, sendo hoje de distribuição universal. Apresenta ampla ocorrência no Continente Americano, sendo que no Brasil pode ser encontrada em grande parte do território, mas raramente forma grandes concentrações. Cultiva-se em grande escala para fins medicinais. São colhidas as folhas e as sementes. As folhas devem ser cortadas de manhã cedo, no princípio da floração. São primeiro secadas estendidas ao lado umas das outras, em seguida podem ser amontoadas. Num secador, a temperatura não deve ultrapassar os 45ºC. As sementes são retiradas após a secagem das cápsulas. Os dois produtos contêm alcalóides derivados do tropano (0,4%), a hiosciamina, a atropina, a escopolamina. Estas substâncias são espasmolíticas (aliviam as contracções musculares), diminuem as secreções glandulares e dilatam os brônquios. São apenas tratadas no âmbito da indústria farmacêutica, e os remédios à base destas substâncias só podem ser prescritos por um médico. É uma planta tóxica para os animais e para o homem. Os envenenamentos de crianças pelas sementes de estramónio são relativamente frequentes, sendo a dose letal, aproximadamente, 20 sementes.
Os efeitos alucinogénios provocam visões e sensações que eram tidas como formas de comunicação com os deuses. Curandeiros e adivinhos buscavam inspiração nessas visões. Ritos de iniciação, bem como de passagem de condições de crianças para adultos, envolviam o uso de preparados dessas plantas. Na região de Bogotá as viúvas e os escravos dos guerreiros mortos recebiam uma bebida com extractos dessas plantas, com o que entravam em estado de torpor e assim eram enterrados vivos com os seus senhores. Plantas dos grupos mencionados não são substitutivas de plantas que fornecem drogas, como canábis sativa, papoula ou coca, pois ao lado do efeito alucinogénio, existe um forte efeito tóxico, e uma “viagem” com Solanáceas frequentemente não tem retorno. Don Juan no livro “A Erva do Diabo” de Carlos Castañeda, refere-se nestes termos a esta espécie: “– A erva-do-diabo tem quatro cabeças; a raiz, a haste e as folhas, as flores e as sementes. Cada qual é diferente, e quem a tornar sua aliada tem de aprender a respeito delas nessa ordem. A cabeça mais importante está nas raízes. O poder da erva-do-diabo é conquistado por meio de suas raízes. A haste e as folhas são a cabeça que cura as moléstias; usada direito, essa cabeça é uma dádiva para a humanidade. A terceira cabeça fica nas flores, e é usada para tornar as pessoas malucas ou para fazê-las obedientes, ou para matá-las. O homem que tem a erva por aliada nunca absorve as flores, nem mesmo a haste e as folhas, a não ser no caso de ele mesmo estar doente; mas as raízes e as sementes são sempre absorvidas; especialmente as sementes, que são a quarta cabeça da erva-do-diabo e a mais poderosa das quatro”.
Fonte: Blog plantas mágicas / Outros
vai um shot com ...talvez 3 a 4 sementitas ?
ResponderEliminarDiz que dá diarreia e faz tonturas!
ResponderEliminarÉ mesmo droga e é perigosa se for em demasia...
ResponderEliminarJura :)
ResponderEliminarNice
prefiro canabis,da-me fome!
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