Greatest Hits
"O vazio é solidão, e a solidão é limpeza, e a limpeza é celestial, e Deus é o vazio, como eu. Intoxicado pela loucura, estou apaixonado pela minha tristeza", Zero.
O único que pode parar Billy Corgan dos Smashing Pumpkins é ele mesmo. Desde I Am One saiu de Gish, o estudante ávido e intelectual do rock traduziu as suas angústias pessoais a coisas que enchem estádios. Tornou-se uma figura exemplar do rock alternativo enquanto ficando longe do comum no rock. E a única maneira de o entender, segundo Corgan, é ouvir os seus álbuns. "Nunca podes ir sem deixar uma parte da tua juventude", Tonight Tonight.
Corgan nasceu em Chicago a 17 de Março de 1967, filho de um guitarrista de jazz. Corgan não se sentiu desejado, um sentimento que provém do facto de ter passado de familiar para familiar enquanto menino. O auto denominado deslocado eventualmente mudou-se para o estado da Florida para formar um grupo tipo The Cure chamado Marked antes de voltar a Chicago na última parte da década dos anos 80, onde criou os Smashing Pumpkins.
Um amigo apresentou Corgan ao andrógino James Ilha e os dois literalmente juntaram-se com a baixista punk D`Arcy Wretzky na estrada. Com o baterista Jimmy Chamberlin também a fazer parte, os Pumpkins subiram ao palco pela primeira vez no Metro, o lugar mais na moda na parte norte da cidade de Chicago, por 50 dólares. A popularidade dos Pumpkins logo chegou a igualar as pretensões da sua música. Os lugares foram aumentados e o lançamento individual de 1990 Tristessa vendeu-se rapidamente.
Em 1991, gravaram o seu álbum de estreia Gish para a discográfica Caroline com o produtor Butch Vig, que logo trabalharia em Nevermind dos Nirvana. O álbum saiu a voar a toda a velocidade e melodrama de rock em canções como I Am One. Uma banda de rock verdadeira num mundo que elogiava o independente, os Pumpkins apoiaram os seus companheiros Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers e traçaram o seu rumo ao definir o seu género ao contribuir Drown ao filme de celebração ao movimento grunge Vida de Solteiro. Os géneros eram para os críticos. Mas o ouvido de Corgan estava concentrado em ouvir a sua guitarra sair dos falantes da rádio FM. Os Pumpkins formaram-se de Caroline à sua empresa maior Virgin após Gish se tornar platina. Bruce Vig voltou para Siamese Dreams de 1993, onde Corgan se concentrou nas suas obsessões, começando pela infância que nunca viveu. Na sua determinação pela perfeição, Corgan tocou praticamente todos os instrumentos no álbum, enquanto odiando-se em letras como "Hoje é o melhor dia que tive/não posso viver para o amanhã"...
Siamese Dream conseguiu tudo, com nove milhões de cópias vendidas mundialmente. Os Pumpkins foram uma das principais bandas da digressão Lollapalooza, com Peal Jam sendo a sua única competência na cena após o suicídio de Kurt Cobain. Cimentando a sua posição como um membro do novo reinado do rock, Corgan formou uma relação próxima com a viúva de Cobain, Courtney Love e logo ajudou o álbum do seu grupo Hole Celebrity Skin para torná-lo mais "amigável" para as rádios. Corgan consumia sucesso, mas foi inspirado a alargar o seu alcance artístico.
O álbum duplo de 1995, Mellon Collie and the Infinite Sadness chegou como uma bomba atómica em meados da década dos 90. "Apesar de toda a minha ira", disse Corgan em Bullets with Butterfly Wings, "ainda sou apenas um rato enjaulado". Contudo, ainda estava disposto a dominar o universo. O centro do álbum era Tonight Tonight, uma petição forte a um universo vazio que conclui que apenas nós somos responsáveis pelas nossas acções. Alguns dizem que é uma forma de pensar tipo Kierkegaard. Outros levaram-no directamente ao primeiro lugar e possivelmente, para ser o álbum da década. Logo tudo desabou.
A 13 de Julho de 1966 o teclista Jonathan Melvoin morreu num quarto de hotel em Manhattan de uma overdose de heroína depois de supostamente tê-lo feito com o baterista Chamberlin. Chamberlin foi preso por posse e Corgan despediu-o. Enquanto o grupo entrou num período de recortes, era agora muito claro quem estava a cargo dos Smashing Pumpkins. The End is the Beginning Is the End foi uma canção oficial do filme Batman & Robin e ganhou o Grammy de 1997 como melhor apresentação de rock pesado. Contudo, o álbum desse ano, Adore, foi perdido nos tons electrónicos do período Berlin de Bowie. Corgan disse que era o seu álbum de amor, mas poucos viram o romantismo de Ava Adore: " És tu que eu adoro/sempre serás a minha prostituta".
Os Smashing Pumpkins adoptaram uma regra de digressão de doar lucros a obras locais de caridade e arrecadaram 2, 6 milhões de dólares durante a sua digressão de Adore. Junto a este gesto amado popularmente, Corgan também resolveu agradar os fiéis com o seu próximo álbum. O próximo passo foi uma reconciliação com Chamberlin, que se juntou novamente à banda para uma digressão em 1999, logo ficou para gravar o próximo álbum, MACHINA/the machines of god. O primeiro lançamento individual, The Everlasting Gaze, marcou o regresso da personalidade suprema de Corgan, como ele disse, com a sua língua suavemente na sua bochecha: "Sabes que não estou morto/Agora sabes onde estava..."
Após gravar o álbum, a baixista D´Arcy Wretzky partiu da banda, segundo Corgan, "por razões demasiado complicadas para serem respondidas apenas com uma resposta". Tendo sido o objecto de desejo para uma geração de depressivos, Wretzky foi substituída pela parecida Melissa Auf Der Maur de Hole. Em Fevereiro, Wretzky foi condenada a ter aulas de aconselhamento para toxicodependentes após ser presa por posse. "Se sangras amor, morrerás amado", disse Billy em Age of Innocence de MACHINA. Para sempre o primeiro sacrificado para os ideias românticos aos quais não consegue chegar. Mas ao contrário da maioria dos modernos aspirantes a estrelas de rock, Billy Corgan, contudo, continua a procurar esses ideais, não importa o sonhador que esse ou o sucesso da Britney Spears seja. No inferno da cultura pós moderna, ainda continua a dar de forma heróica direcção ao rock.
Fonte:
»Álbum: The Smashing Pumpkins - Greatest Hits
»Lançado em: 2001
»Lista de faixas:
CD1
01. Siva
02. Rhinocerous
03. Drown
04. Cheroub Rock
05. Today
06. Disarm
07. Landslide
08. Bullet with bitterfly wings
09. 1979
10. Zero
11. Tonight Tonight
12. Eye
13. Ava adore
14. Perfect
15. The everlasting Gaze
16. Stand inside your love
17. Real love
18. Untitled
CD2
01. Lucky
02. Aeroplane files high
03. Because you are
04. Slow down
05. Believe
06. My mitake
07. Marquis in spades
08. Here´s to the atom bomb
09. Sparrow
10. Waiting
11. Saturnine
12. Rock on
13. Set the Ray to Jerry
14. Winterlong
15. Soot and stars
16. Blissed and gone
»Videoclip: Zero
Excluindo um ou dois singles nunca gostei muitos destes gajos. Uma voz muito agressiva para os ouvidos...
ResponderEliminarNa altura gostei bastante de smashing, depois enjoei e desliguei-me um bocado, embora continue a gostar de várias malhas deles.
ResponderEliminarAinda tenho para aqui uma K7.