A Alnus glutinosa, em português: Amieiro, é uma árvore também conhecida por Alder que cresce em regiões de clima temperado húmido. Na América, é encontrada, principalmente na região sul dos Andes, mais especificamente no Chile. Em território nacional, o Amieiro pode ser encontrado em quase todos os locais com prevalência na região norte e centro do país.


A sua madeira é caracterizada pela sua baixa densidade e resistência à água. Esta é muito utilizada na construção de corpos de guitarras sólidas, dadas as suas características acústicas. Esta árvore tem como característica sonora o facto de produzir um som mais aveludado com grave bastante profundo. Possui um timbre característico mais agudo, alta velocidade de propagação do som e boa estabilidade.

O Amieiro é uma árvore que pode, até mesmo, atingir uma altura máxima por volta dos 35 metros, em que a sua idade, raramente, ultrapasse os 120 anos de existência. As suas folhas são, fisicamente, redondas e em forma de ovo, com desde 4 a 10 centímetros de comprimento e desde 5 a 8 pares de nervuras, que se dispõem lateralmente. Os seus frutos são uma espécie de pinha, com um comprimento compreendido entre 1 e 2 centímetros. Os Amieiros formam simbioses, ou seja, relações de benefício mútuo com os actinomicetos, que podem captar o azoto existente no ar.

As excrescências bolbosas das raízes são os lugares em que se produzem mais simbioses, que podem alcançar o tamanho de um punho humano. Então, o solo que está situado sob os Amieiros é rico em azoto. Por exemplo, em Trás-os-Montes são muito comuns nas margens dos rios.
Embora não tão chamativos como as mangnólias ou as amendoeiras, também os Amieiros, que encontramos juntos aos cursos de água, florescem no Inverno, quando estão despidos de folhas. Daí se pode concluir que estava árvore não é de folha permanente, sendo, portanto, de folha caduca.

À semelhança do que acontece com árvores como os carvalhos, os castanheiros, os salgueiros e as bétulas, as flores do Amieiro têm funções especializadas, podendo ser masculinas ou femininas, desconsiderando-se a hipótese de esta árvore ser hermafrodita aquando do processo de reprodução. As primeiras dispõem-se em longos cachos pendentes, cujo nome é amentilhos, que parecem candeias penduradas nos galhos nus das árvores. As segundas formam pequenos botões de um vermelho aveludado. Quando os amentilhos tiverem libertado, por completo, todo o seu pólen, dá-se por concluída a sua missão e desprendem-se da árvore. As inflorescências femininas, por sua vez, permanecem nos ramos depois da ocorrência da fecundação, transformando-se em pequenas “pinhas” lenhosas que contêm as sementes.

Esta árvore constitui um importante suporte para algumas construções. Por exemplo, nos suportes do Rialto em Veneza, é utilizada a madeira deste tipo de árvore, bem como em alguns edifícios em Amsterdão. Até mesmo algum do imobiliário é construído com a madeira desta árvore, macia, pouco densa e resistente à água.Até mesmo para queimar peixe defumado, ou seja, cru e seco, a madeira do Amieiro é importante.

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