Eh pá, tenho grandes novidades. Não são as da festa. Esse assunto será tratado, minuciosamente, mais adiante.
Trata-se de paternidade.
Sim de ser pai.
É verdade, é mesmo isso, vou ter um filho. Quer dizer, não sou eu o pai biológico, é o meu cão. Mas é como se fosse eu. A alegria não cabe dentro deste corpo combalido (as festas deixam marcas). É o nosso primeiro!
A cadela é uma safada sem-vergonha, teve o que merecia.
Se a esta hora o cachorro ainda não foi jogado (estive no Algarve) contra uma parede, enterrado vivo ou afogado(*), quero deixar bem claro que nós assumimos a paternidade.

* Em certas regiões do país e em certos bairros periféricos de Santa E. também se usa uma sachola.

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