DA QUARESMA À PÁSCOA, EM CONFINAMENTO

Desde 02/03/2020, que nos foi declarada uma guerra anunciada, por um inimigo invisível, que foi convencionado de COVID19 e que não dá tréguas nem a cara.        

Está mais de meio mundo num confinamento-social, por causa deste vírus. Julgamos saber onde nasceu, Wuhan - Ubei, China, em dezembro 2019, mas desconhecemos os pais e as teorias de conspiração, via redes sociais, ainda baralham mais os leigos nestas matérias; se transmitido por animais selvagens ou se criado em laboratório.                   

A única certeza é que muito letal e já se contam pelos dedos das mãos os países onde ainda não chegou.                                                                                                      

Voltando ao título desta conversa, esta é, para os cristãos, a Semana Maior, a semana da preparação da Festa das Festas a Pêssah/Páscoa - Passagem, da Ressurreição do Senhor, a Passagem da Morte para a Vida, Ele que também esteve em confinamento, por ter sido privado de estar com os seus amigos, durante o julgamento, condenação e crucificação.

Não fora o exemplo de uns e as mensagens de outros, dos quais coloco à cabeça o Papa Francisco, que naquela enorme praça de São Pedro, de um vazio desolador num dia chuvoso, mas que ele encheu com a sua presença e mensagem ao mundo, quando nos animou e pediu ao “PATRÃO”, para que não se esqueça de nós, nesta hora de fadiga e aflição em que “estamos todos no mesmo barco”;

O PAPA REZA PELO FIM DA PANDEMIA; SENHOR, NÃO NOS DEIXES À MERCÊ DA TEMPESTADE!

Dizia, se não fossem estas mensagens de alento, que nos chegam de pessoas que prezamos, sentir-nos-íamos mais órfãos, por que privados destas celebrações comunitárias que vivíamos desde crianças e com a incerteza se veremos o fim da pandemia. 

Continuando disse o Papa: “Deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. 

Desta colunata que abraça Roma e o mundo, desça sobre vocês, como um abraço consolador, a bênção de Deus”.                                                                                                                              

“No final da homilia, o Pontífice adorou o Santíssimo e concedeu a bênção Urbi et Orbi,” com anexa a Indulgência Plenária.                                                                      

Gostaria de lembrar e homenagear todos os profissionais de saúde, tantas vezes esquecidos e subavaliados, que estão na linha da frente, quais soldados na batalha, lutando contra um inimigo traiçoeiro por que invisível e todos os que, nos campos continuam a produzir e transformar os alimentos que os fazem chegar aos pontos de venda, para que nos possamos alimentar, quando a maioria da população está confinada no seu refugio; pois como dizia o Papa, ninguém se salva sozinho.                             

Faço votos e que Deus não permita, que nunca cheguemos ao ponto, em que as mães se dirigiam ao ponto de vendas de alimentos e não lhes aconteça, como; quando a minha mãe comigo ao colo, no fim da segunda Grande Guerra, se dirigia a uma aldeia vizinha que dista cerca de 5 km, para comprar um pão e voltava de mãos vazias, porque a farinha já tinha acabado.                                                                                              

Nesta Semana da Quaresma, a caminho da Festa Maior dos Cristãos, termino com mais um pensamento da homilia do Papa “A tempestade mostra-nos que não somos autossuficientes, que sozinhos afundamos. Por isso, devemos convidar Jesus a embarcar em nossas vidas. 

Com Ele a bordo, não naufragamos, porque esta é a força de Deus: transformar em bem tudo o que nos acontece, inclusive as coisas negativas. 

Com Deus, a vida jamais morre”.                                                                                                      

Que, daqui a uma semana, no dia da Ressurreição do Senhor, possamos sorrir com boas perspetivas sobre o caminhar para fim desta pandemia.

Abril 2020 (77) Para o” Blog” e alguns amigos.

Apaulos