Malva sylvestris é um género botânico, bem como o nome vulgar de diversas espécies de plantas herbáceas da família Malvaceae.

História
Nativa da Europa e Ásia ocidental. Desde o século VIII a.C. que as malvas eram conhecidas e utilizadas tanto na culinária como para fins terapêuticos. Era já conhecida dos gregos e romanos que muito a apreciavam, sobretudo os romanos para curar as ressacas depois das orgias. Alguns médicos gregos recomendavam-na para aliviar e curar picadas de insectos.

Carlos Magno utilizava-a como planta ornamental dos jardins imperiais, para os pitagóricos era considerada planta sagrada pois libertava o espírito da escravatura das paixões. Plínio (grande historiador e investigador romano que morreu queimado na explosão do Vesúvio) recomendava uma poção à base de suco de malva o que evitaria indisposições durante todo o dia.

Na Idade Média, tanto a alteia como a malva eram plantadas nos jardins dos mosteiros e utilizada pelos monges para fins terapêuticos. Na medicina tradicional chinesa utilizam as sementes de malvas.

Habitat
A malva (malva sylvestris) também conhecida como malva-maior ou malva selvagem é considerada uma planta daninha e invasora mas na realidade podemos utilizá-la como bonita planta de jardim, em Portugal cresce um pouco por todo o lado desde o Minho ao Algarve, em caminhos, terrenos baldios, lixeiras etc.
É uma planta vivaz da família das malvaceas, apresenta flores bilobadas de cinco pétalas de cor rosa forte ou lilás com veios mais escuros nas pétalas e grande raíz aprumada. A malva pode por vezes confundir-se com uma sua parente chegada a alteia (althaea officinalis) ou malvaísco que apresenta características e propriedades terapêuticas muito semelhantes sendo talvez a alteia mais rica em mucilagem e daí mais eficaz nalguns tratamentos das vias respiratórias. Utilizam-se as folhas, flores, raízes, rebentos e sementes.
Composição
As malvas são extremamente ricas em mucilagem especialmente na raíz, o que lhe confere grande parte dos seus méritos terapêuticos, contém ainda antocianinas, óleos essenciais, alguns taninos, flavonóides e glicósidos.

Propriedades
Desde a antiguidade muito utilizada para tratar problemas do foro digestivo, em caso de inflamação e irritação, em úlceras gástricas e do duodeno, gastrite, colite, catarros, faringite, laringite, bronquites, tosse, com forte acção expectorante e emoliente. É ainda útil no tratamento de infecções urinárias e ginecológicas em forma de lavagens.

Em cataplasmas pode utilizar-se para extrair furúnculos, abcessos, estilhaços ou outras impurezas e inflamações da pele . Em clisteres para limpeza dos intestinos, revestindo-os ao mesmo tempo de uma camada de mucilagem. Quando tomada em forma de tissana tem uma acção suavemente laxativa.

A variedade alteia é muito utilizada no fabrico de xaropes e rebuçados contra a tosse e também no fabrico de (marshmallows) uma espécie de gomas brancas ou cor-de-rosa muito apreciada pelos ingleses e que se fabricava a partir de um pó obtido da raíz da alteia. Sempre que seja necessário um efeito calmante do aparelho digestivo, urinário ou respiratório as malvas ou a alteia são sempre um bom remédio de acção suavizante (demulciente). Em forma de gargarejos é muito útil para tratar inflamações da boca e gengivas. Depois de uma longa caminhada, uma tissana de malvas ajuda a compensar os efeitos de desidratação.

CulináriaAs folhas das malvas podem ser utilizadas e cozinhadas como o espinafre, as acelgas ou as couves, em sopas e saladas, muito nutritivas para mulheres em fase de amamentação pois estimulam a produção do leite, alimentam e podem ainda ser usadas em compressas para tratar mamilos gretados.
O chá de folhas de malvas é agradável e refrescante tal como o chá das suas flores que poderá preparar na época da floração ou seja Primavera e Verão e constituem um agradável refresco, as flores comestíveis podem ainda ser utilizadas na decoração de vários pratos, as raízes cozidas e depois fritas com alho ou cebola são um bom acompanhamento de arroz, carne ou peixe, as sementes possuem um delicado sabor a nozes.

Fonte:
portaldojardim.com


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  1. chá de malvas e sabugueiro curaram o olho do meu cão. mai nada.

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  2. já tenho poucas no meu armazém. Na altura da colheita ainda não as consigo reconhecer muito bem.

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