Decorria o ano de 1959 e este grupo de jovens Samarras, capitaneados pelo estudante ANTÓNIO Luís Soeiro RODRIGUES, nas férias grandes em agosto, juntaram quereres e esforços e levaram à cena mais uma peça de teatro naquele que foi denominado o Salão Paroquial. Este edifício que foi erigido para ser a igreja matriz da aldeia, e que foi denominada a igreja de Santo André, sucedendo à singela e pequena capela da Senhora das Fontes, como matriz da aldeia, mas por ser de dimensões reduzidas, para a muita população da aldeia, já à data, só funcionou como tal, até os Fidalgos disporem da sua capela, para o culto da povoação, pois tinha espaço para acomodar mais pessoas e assim se manteve como a igreja paroquial até aos dias de hoje. Foi neste espaço que muitos meninos e meninas viriam a aprender as primeiras letras, e ainda, nos anos da década de 1940, ali funcionavam, em simultâneo, as 4 classes todas no mesmo espaço aberto e com a mesma professora, como ainda o pode confirma a nossa “D. Aninhas” A NOSSA RESPEITADA PROFESSORA. Posteriormente e com a escola a funcionar noutro espaço, construiu-se o espaço do palco e ali foram levadas à cena algumas peças de teatro e também foram exibidos alguns filmes, quando fomos bafejados pela “luz elétrica”, e fomos uma das primeiras freguesias a ser contemplados, pois ela apareceu, por via da necessidade da exploração das minas de urânio “A Mina da Senhora das Fontes”. Foi aqui, que o “mal da mina” ceifou a vida a muitos Samarras, tendo partido para o Pai, antes do expectável.
Como altruístas que eramos, também levamos esta peça ao palco, no alpendre da escola do SORVAL, pois não encontrámos outro espaço disponível, porque também não existiria e esta foto é a garantia do que acabamos de afirmar, pois foi tirada no Sorval e mais tarde recuperada em PARIS, junto do seu guardador o Bernardino um dos atores. Com a vontade de fazerem algo diferente, estes jovens ultrapassavam as dificuldades e até carregaram com o cenário de palco, pelo caminho dos mortórios acima, suportado por 3 dos jovens pois era suposto ocupar todo o fundo do palco, onde decorria a representação e era de dimensões razoáveis.
Quanto a este grupo de jovens
Samarras, cresceram; a mais alta era a Maria Helena Aguiar e a benjamim a Maria
da Luz, hoje mãe do Samarra que criou este blog, e os seus percursos de vida
foram os mais diversos. Alguns conseguiram estudar, outros migraram e um ou
outro ficaram pela aldeia, vieram a casaram e contribuíram para o alfobre dos
Drs. Samarras como está expresso numa crónica.
À margem, como foi referido numa das
crónicas, o ator João Villaret na década dos anos 1930, participou na Ermida em
duas peças de teatro.
Dos jovens que participaram neste
evento, 3 já não se encontra entre nós; o José Lima, a Anunciação e a Maria Helena,
que DEUS os tenha junto de Si. Por
último, fica um desafio, qual o nome da peça de teatro e quem consegue
identificar todos os atores.
Saudações Samarras
Junho 2023( Blog- 94)
Apaulos
Obrigado por esta bela crónica, que belos tempos. Hoje temos a associação e a junta que em 365 dias fazem uma ou outra sardinhada e uma passagem de ano
ResponderEliminarFoi com estes jovens que a aldeia deu um salto em termos de aprendizagem e cultura e procuraram transmitir aos seus conterrâneos algo dos seus saberes e como é referido no texto, aqui estão as raízes do alfobre dos Doutores Samarras. Bem-haja Apaulos por nos trazer à lembrança TEMPOS DE REALIZAÇÕES DOS JOVENS SAMARRAS.
ResponderEliminarMuito bem, coisa simples, mas que nos enchem de alegria por sabermos que sempre houve SAMARRAS QUE PROCURARAM QUE O NOSSO TORRÃO NATAL SE DIFERENCIASSE, PELA POSITIVA, DOS VIZINHOS e é bom sabermos que assim foi e é muito bom que tenhamos alguém que se tem preocupado a demonstrar e expor as coisas boas de que conhecimento. Bem-haja apaulos.
ResponderEliminarSr. Apaulos, se não houver quem responda às questões que deixou, de certo que o Dr. António Soeiro Rodrigues se lembrará pelo menos do nome da peça, senão do nome de todos, Saudações Samarras
ResponderEliminarTive o grato prazer de ter participado activamente, em algumas peças de Teatro, levadas à cena exactamente neste Palco do Salão Paroquial...Outros tempos!....
ResponderEliminarO comentário anterior ( sobre a participação em peças de teatro), é de Celestino Rodrigues.
EliminarComo dizia o autor desta crónica e de muitas outras que aqui tem trazido, o volfrâmio ou tungsténio é o minério mais duro e dai ser usado nos artefactos de guerra e ou ajudar a temperar outras ligas, para as endurecer. Nesta era também os samarras que os extraíram foram temperados, moldados a fazerem o que tinha de ser feito, para educarem os seus garotos e estes na senda desses exemplos, faziam os seus afazeres e ainda lhes sobrava tempo para ajudarem a "educar/divertir" e levarem alguns dos conhecimentos adquiridos a quem tanto fazia por eles, sem olharem ou se queixarem dos sacrifícios, como refere o "CR" e faziam. Era difícil, pois era, mas faziam Foi a era dos estudantes SAMARRAS, hoje várias dezenas de "Doutores Samarras" em várias áreas dos saberes. Ponto.
ResponderEliminarSaudações Samarras.
PASSADOS 5 ANOS, após a publicação da Crónica dos Drs. SAMARRAS, gostaríamos de adicionar a esta lista, os nomes dos jovens, que entretanto concluíram os seus cursos e que como é evidente que se orgulhem do seu ADN de SAMARRAS.. Digam também de quem são filhos e netos se estes forem Samarras, para que eu ao adicionar os nomes a esta Crónica, saiba a quem pertencem. Há três ou quatro anos, ao entrar na aldeia, cumprimentei uma Sra. e ela agarrou-me na mão e disse que não me estava a conhecer e perguntou a quem pertences??.. Respondi e vi nos olhos dela a felicidade, por ter parado o carro para a cumprimentar (a quem pertences? !!), então como vai andando, olha vou andando até Deus querer . Sra. Amélia (RIP).Os dados a publicar : Nome e curso. Abraço pela disponibilidade que demonstrarem. Bem-haja, Apaulos.
ResponderEliminarSalvo erro o nome da peça era "Mocidade Heroica" de P. Bartolomeu Valentini.
ResponderEliminarA foto acima apresentada faz memória do Teatro " Matei meu filho" no alpendre da escola do Sorval. No Domingo anterior, fora apresentado no Salão Paroquial de Sta. Eufêmia. Estas apresentações tiveram a participação de um grupo de meninas, liderado por Lucinda Aguiar. Os atores rapazes, a contar da esquerda para a direita, são :José Paulos, Manuel Messias, António Paulos, Bernardino, Adelino Paulos, José Pedro LIma, ator irreconhecível, José Inácio, Francisco Mendo. No ano anterior, foi apresentado o teatro "Mocidade Heróica". Cumprimentos de amizade a todos os conterrâneos * . -
EliminarAnexo ao comentário anterior : agradece-se a alguém que diga o nome do "ator irreconhecível". Além disso, foram omitidos os atores António S.Rodrigues e Adérito Eusébio ( com óculos escuros - Fundo do Povo); este, bom ator no perso-nagem de "filho" , emigrou cêdo para S.Paulo ( Brasil), onde morreu num acidente em autocarro (ómnibus).
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