O Deus que não estava lá (The God Who Wasn’t There) é um documentário de Brian Flemming incluindo, entre outros, Richard Dawnkins, com o objectivo de questionar os dogmas do Cristianismo.

Ano:
2005
País: USA
Género: Documentário
Realização: Brian Flemming
Sinopse: Este documentário questiona a religião do ponto de vista de um ex-cristão, o director Brian Flemming, que foi educado numa escola cristã desde jovem. Com a sua visão experiente no tema, ele desmascara um sistema educacional estruturado em directrizes unilaterais que, sem exagero, podem ser chamadas de lavagem cerebral. Com consequências devastadoras.

Para fazer o filme, Flemming retornou à escola onde estudou e entrevistou o seu director, incitando a reflexão por parte do telespectador de maneira ímpar. Como diz o biólogo Richard Dawkins, deveríamos reagir à denominação "criança católica", ou "criança muçulmana" e "criança judia" com a mesma indignação que "criança neo-liberal" ou "criança comunista".

Flemming vai fundo ao trazer à tona o entendimento de Jesus dentro do campo da mitologia, em contraposição à crença popular de que ele foi uma personalidade histórica, e revela que os próprios fundadores do cristianismo desconheciam a idéia de um Jesus "real". O filme também explora as incríveis semelhanças da figura de Jesus a outras divindades precedentes (que teriam todos evoluído de cultos pagãos ancestrais de adoração ao Sol - veja também filmes relacionados, ao final deste texto) e como a maioria de nós desconhece estes factos. Como se não bastasse, o autor mostra como isso influenciou e continua influenciando a vida de católicos que cometem crimes e violência, por vezes contra seus próprios filhos, justificados pelas palavras da Bíblia, e como o fundamentalismo cristão continua forte, com alarmantes 44% da população dos EUA acreditando que testemunharão o retorno de Jesus em vida.

Entrevistas com Sam Harris (Autor de “Carta a uma Nação Cristã”), Robert M. Price (autor de “The Incredible Shrinking son of man”), Alan Dundee (professor de folclore na UCLA), Richard Carrier (autor de “Sense and Goodness without God”) e muitos outros dão suporte sólido à argumentação.

A questão central é que o sucesso global do cristianismo se deve a seu (falso) clamor por acuracidade história, em contrapartida à maioria das outras mitologias que o antecederam e influenciaram, que existiam apenas no campo da metáfora e parábola moral. Como exemplo, temos os Gregos da antiguidade, que não pregavam que Zeus houvesse caminhado pela Terra milhares de anos antes deles, ou o deus persa Mithra, e os egípcios Horus e Osíris, todos com histórias e caracteríticas quase idênticas às que definem Jesus, mas cujos devotos jamais declararam possuir provas físicas de suas existências terrenas.

O filme foi premiado e criticado ferozmente, inclusive sofreu tentativa de processo pelo actor e director Mel Gibson, uma vez que destrincha com perspicácia os absurdos sanguinolentos do filme de Gibson, A Paixão de Cristo.




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  1. parece interessante SP. Vou ver.

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  2. Nem tudo é para engolir !!!

    Na arte e numa sociedase democrática é bom
    que as pessoas comuniquem suas opiniões,interesses,
    dúvidas, crenças e suas linguagens.....
    mesmo sem tino!
    É através de um processo dinâmico que o mundo
    se constrói e se descontrói, se estabiliza e se deses-
    tabiliza.

    Sobre a historicidade de Jesus, afirmada há 2000 anos,
    com uma implantação universal e num assunto tão im-
    portante, ... que valor histórico tem a opinião de um
    americano ??? ... Marketing económico,provavelmente.

    O caso de Jesus de Nazaré, crucificado em Jerusalém,
    quando Pilatos era o governador romano da Judeia, morto
    a pedido das autoridades religiosas do Judaísmo(sacerdo-
    tes,escribas e fariseus )... não foi filme ou ficção.

    E a veracidade histórica dos testemunhos daqueles que comeram e beberam com Jesus,perseguidos e martirizados
    até à morte pelos poderes religiosos e políticos da época?

    Filmes são filmes!... submissão é submissão!
    Basta sermos dominandos na economia e na força do armamento bélico pelos EUA. Na cultura, não! ( AR.)

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  3. EUA, submissão, cultura e religião, eis 4 temas interessantes e que dariam umas boas horas de discussão.
    Submissão cultural é bem mais dificil que a económica ou bélica.
    O documentário trata-se apenas de uma obra feita por homens como tal como Saramago opinou em várias obras a sua posição religiosa. Só se deixa levar quem quer.

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  4. VIVA A REPÚBLICA !

    Para comemorar à minha maneira o Centenário da
    República,apresento uma breve reflexão sobre
    o"exercício do poder".

    - Aristóteles,filósofo grego do séc.IV aC.,afirmava que a
    pluralidade de governantes, além de desnecessária,
    não convém a nenhuma sociedade unitária (país,
    comunidade,)bem organizada e perfeita. Os valores
    da unidade e da estabilidade eram os critérios determinantes de um poder concentrado (absoluto)
    num rei,num ditador,num regime presidencialista,
    num papa.

    - No séc.IV dC.,quando o império romano estava no
    auge da sua expansão territorial,o imperador Cons-tantino I concede a liberdade religiosa ao cristianismo, até ali perseguida como uma "seita" adversa ao poli-teísmo e aoscostumes romanos daí resultantes. O édito
    da liberdade foi ao mesmo tempo um édito de subordinação da igreja cristã. Com efeito,é o próprio imperador que atribui ao Bispo de Roma SIlvestre a jurisdição coerciva sobre todas as igrejas do mundo(romano )e sobre os demais bispos ou presbíteros(padres).Ao exercício do poder espiritual que vinha a ser exercido pelos suces-sores de Pedro,o imperador veio formatar o exercício do poder temporal na Igreja conforme o modelo do império, essencialmente uma hierarquia militar. Assim,o papa e os bispos, cada qual na sua diocese,exercem um poder admi-nistrativo e espiritual de tipo concentrado.

    VIVA A REPÚBLICA!
    - na participação livre,democrática e plural!
    Não, à concentração dos poderes numa Comunidade,
    seja da Igreja,da Junta de Freguesia ou de outra
    Associação. Unidade na diversidade e na liberdade.
    - O valor da unidade implica o respeito pela própria
    Comunidade e cada um dos seus membros,por ex. na sua
    cultura, nas suas expressões de fé, na sua vontade
    maioritária.Caso contrário,poderemos estar num pro-
    cesso auto-destrutivo. (AR.)

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