As Maias
As giestas são conhecidas como Maias, pois no 1º de Maio há o hábito, no Interior Norte e Centro de Portugal, de colocar uma ramo desta espécie nas portas ou janelas das casas, “contra o carrapato”, ou seja, contra o mau-olhado, ou “para que haja fartura”.
As giestas pertencem à vasta família das Fabaceae (Leguminosae), uma família cosmopolita. Em Portugal continental existem cerca de 220 espécies desta família. No nosso país existem, pelo menos, seis espécies do género Cytisus, as mais comuns são Cytisus striatus (no piso mesotemperado de influência atlântica), C. scoparius (giesta-das-vassouras) (em condições climáticas mais contrastadas e mais secas) e C. multiflorus (giesta-branca) que marca bem a influência mediterrânica, bem como a tendência continental do interior montanhoso.
A giesta-branca, devido à qualidade das suas flores, tem um grande potencial melífero, para além do seu interesse em jardinagem e, tal como a giesta-das-vassouras, costumava ser utilizada no fabrico de vassouras artesanais.
Em tempos mais remotos, antes da generalização da utilização de adubos, a giesta-das-serras era semeada, juntamente com a giesta-branca (Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet) no Norte e Centro de Portugal, com o intuito de restaurar a fertilidade dos solos cultivados com cereais. Efectivamente, uma das características mais frequentes nas espécies pertencentes à família das Fabaceae é a presença de pequenos nódulos nas raízes, nos quais se alojam bactérias fixadoras de azoto, sendo este processo de extrema importância para a agricultura e florestas, uma vez que conduz à independência de fertilizantes azotados.
Nem todas as espécies conhecidas por giesta pertencem ao género Cytisus. A giesteira comum ou giesta-dos-jardins (Spartium junceum L.) pertence, portanto, ao género Spartium. Esta espécie ocorre igualmente de forma espontânea por todo o país, contudo ainda não existe um consenso sobre se a mesma é autóctone ou exótica. As flores desta giesta desenvolvem-se em cachos que crescem nas extremidades dos ramos, contrariamente à giesta-das-serras, em que as flores crescem nas axilas das folhas.
Os solos pouco erodidos de terrenos agrícolas abandonados ou antigos bosques autóctones são colonizados pelas giestas amarelas (C. striatus e C. scoparius) ou pela giesta-branca, matizando as paisagens primaveris de amarelo vivo ou de uma brancura cândida.
A giesta-das-serras é um arbusto caducifólio, de ramos flexíveis, com folhas pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, flores amarelas, sendo o fruto uma vagem arredondada coberta por pêlos. É uma planta bem adaptada a ambientes muito expostos ao sol, rupícola (que vive nas rochas), sendo ainda frequente a sua utilização para colonizar plantações florestais e solos abandonados pela agricultura.
Em inglês, a giesta-das-serras, é conhecida como Portuguese broom, em referência à sua proveniência e igualmente à sua utilização para fazer vassouras. É nativa em Portugal, mas apresenta carácter invasivo em alguns países. Foi introduzida em 1960 na Califórnia, com o intuito de controlar a erosão do solo, mas hoje em dia é considerada uma espécie invasora, como acontece com algumas das espécies introduzidas em Portugal, constituindo a acácia um exemplo paradigmático. As espécies invasoras adquirem uma tal capacidade de se multiplicar sem a intervenção directa do Homem, que têm vindo a ameaçar as espécies nativas, chegando mesmo a eliminá-las em algumas situações.
Ficha técnica:
Nome vulgar: Giesta-das-serras; Giesta-amarela; Giesta-negral.
Época de floração: Abril-Junho.
Descrição:
Arbusto de 1 a 3 metros de altura, caducifólio, ramos abundantes, estriados e flexíveis, com 7 ou mais costas em forma de T no corte transversal; pode formar um pequeno tronco quando podado para o efeito;
Folhas:
Pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, até 13*6 mm, que surgem nas bases dos ramos.
Flores:
Solitárias, amarelas; cálice em forma de campânula, bilabiado, com bordo superior da quilha curvo na extremidade formando um bico e bordo inferior anguloso; androceu com 9 estames – 5 compridos, 2 medianos e 2 curtos; estilete comprido na extremidade.
Fruto:
Vagem até 30*12 mm de comprimento, arredondada, com faces ocultas pela densa penugem acinzentada que as cobre.
Habitat:
Vegeta em locais com um estrato arbóreo mais ou menos denso e contínuo (matos); comunidades arbustivas, nas quais o estrato arbóreo é inexistente ou pouco significativo (matagais); coloniza plantações florestais e solos abandonados pela agricultura; é frequente em ambiente rupícolas.
Distribuição:
Oeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos; introduzida no Oeste da Europa e Norte da América; em Portugal tem a sua área de distribuição alargada a todo o território continental, o que se deve, em parte, à acção do homem.
Curiosidades:
À semelhança das outras espécies de giestas é muito utilizada na compostagem de estrumes e para “fazer a cama” de animais.
Fonte:
quercus.pt
A giesta-branca, devido à qualidade das suas flores, tem um grande potencial melífero, para além do seu interesse em jardinagem e, tal como a giesta-das-vassouras, costumava ser utilizada no fabrico de vassouras artesanais.
Em tempos mais remotos, antes da generalização da utilização de adubos, a giesta-das-serras era semeada, juntamente com a giesta-branca (Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet) no Norte e Centro de Portugal, com o intuito de restaurar a fertilidade dos solos cultivados com cereais. Efectivamente, uma das características mais frequentes nas espécies pertencentes à família das Fabaceae é a presença de pequenos nódulos nas raízes, nos quais se alojam bactérias fixadoras de azoto, sendo este processo de extrema importância para a agricultura e florestas, uma vez que conduz à independência de fertilizantes azotados.
Nem todas as espécies conhecidas por giesta pertencem ao género Cytisus. A giesteira comum ou giesta-dos-jardins (Spartium junceum L.) pertence, portanto, ao género Spartium. Esta espécie ocorre igualmente de forma espontânea por todo o país, contudo ainda não existe um consenso sobre se a mesma é autóctone ou exótica. As flores desta giesta desenvolvem-se em cachos que crescem nas extremidades dos ramos, contrariamente à giesta-das-serras, em que as flores crescem nas axilas das folhas.
Os solos pouco erodidos de terrenos agrícolas abandonados ou antigos bosques autóctones são colonizados pelas giestas amarelas (C. striatus e C. scoparius) ou pela giesta-branca, matizando as paisagens primaveris de amarelo vivo ou de uma brancura cândida.
A giesta-das-serras é um arbusto caducifólio, de ramos flexíveis, com folhas pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, flores amarelas, sendo o fruto uma vagem arredondada coberta por pêlos. É uma planta bem adaptada a ambientes muito expostos ao sol, rupícola (que vive nas rochas), sendo ainda frequente a sua utilização para colonizar plantações florestais e solos abandonados pela agricultura.
Em inglês, a giesta-das-serras, é conhecida como Portuguese broom, em referência à sua proveniência e igualmente à sua utilização para fazer vassouras. É nativa em Portugal, mas apresenta carácter invasivo em alguns países. Foi introduzida em 1960 na Califórnia, com o intuito de controlar a erosão do solo, mas hoje em dia é considerada uma espécie invasora, como acontece com algumas das espécies introduzidas em Portugal, constituindo a acácia um exemplo paradigmático. As espécies invasoras adquirem uma tal capacidade de se multiplicar sem a intervenção directa do Homem, que têm vindo a ameaçar as espécies nativas, chegando mesmo a eliminá-las em algumas situações.
Ficha técnica:
Nome vulgar: Giesta-das-serras; Giesta-amarela; Giesta-negral.
Época de floração: Abril-Junho.
Descrição:
Arbusto de 1 a 3 metros de altura, caducifólio, ramos abundantes, estriados e flexíveis, com 7 ou mais costas em forma de T no corte transversal; pode formar um pequeno tronco quando podado para o efeito;
Folhas:
Pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, até 13*6 mm, que surgem nas bases dos ramos.
Flores:
Solitárias, amarelas; cálice em forma de campânula, bilabiado, com bordo superior da quilha curvo na extremidade formando um bico e bordo inferior anguloso; androceu com 9 estames – 5 compridos, 2 medianos e 2 curtos; estilete comprido na extremidade.
Fruto:
Vagem até 30*12 mm de comprimento, arredondada, com faces ocultas pela densa penugem acinzentada que as cobre.
Habitat:
Vegeta em locais com um estrato arbóreo mais ou menos denso e contínuo (matos); comunidades arbustivas, nas quais o estrato arbóreo é inexistente ou pouco significativo (matagais); coloniza plantações florestais e solos abandonados pela agricultura; é frequente em ambiente rupícolas.
Distribuição:
Oeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos; introduzida no Oeste da Europa e Norte da América; em Portugal tem a sua área de distribuição alargada a todo o território continental, o que se deve, em parte, à acção do homem.
Curiosidades:
À semelhança das outras espécies de giestas é muito utilizada na compostagem de estrumes e para “fazer a cama” de animais.
Fonte:
quercus.pt
tenho que por um ramo à janela do meu quarto. Pode ser que a coisa corra melhor. tenho que esperar até maio?!
ResponderEliminar"contra o carrapato" marchar marchar!
ResponderEliminarjá arranquei muitas!
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