As Maias
As giestas são conhecidas como Maias, pois no 1º de Maio há o hábito, no Interior Norte e Centro de Portugal, de colocar uma ramo desta espécie nas portas ou janelas das casas, “contra o carrapato”, ou seja, contra o mau-olhado, ou “para que haja fartura”.
A giesta-branca, devido à qualidade das suas flores, tem um grande potencial melífero, para além do seu interesse em jardinagem e, tal como a giesta-das-vassouras, costumava ser utilizada no fabrico de vassouras artesanais.
Em tempos mais remotos, antes da generalização da utilização de adubos, a giesta-das-serras era semeada, juntamente com a giesta-branca (Cytisus multiflorus (L’Hér.) Sweet) no Norte e Centro de Portugal, com o intuito de restaurar a fertilidade dos solos cultivados com cereais. Efectivamente, uma das características mais frequentes nas espécies pertencentes à família das Fabaceae é a presença de pequenos nódulos nas raízes, nos quais se alojam bactérias fixadoras
Nem todas as espécies conhecidas por giesta pertencem ao género Cytisus. A giesteira comum ou giesta-dos-jardins (Spartium junceum L.) pertence, portanto, ao género Spartium. Esta espécie ocorre igualmente de forma espontânea por todo o país, contudo ainda não existe um consenso sobre se a mesma é autóctone ou exótica. As flores desta giesta desenvolvem-se em cachos que crescem nas extremidades dos ramos, contrariamente à giesta-das-serras, em que as flores crescem nas axilas das folhas.
Os solos pouco erodidos de terrenos agrícolas abandonados ou antigos bosques autóctones são colonizados pelas giestas amarelas (C. striatus e C. scoparius) ou pela giesta-branca, matizando as paisagens primaveris de amarelo vivo ou de uma brancura cândida.
A giesta-das-serras é um arbusto caducifólio, de ramos flexíveis, com folhas pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, flores amarelas, sendo o fruto uma vagem arredondada coberta por pêlos. É uma planta bem adaptada a ambientes muito expostos ao sol, rupícola (que vive nas rochas), sendo ainda frequente a sua utilização para colonizar plantações florestais e solos abandonados pela agricultura.

Ficha técnica:
Nome vulgar: Giesta-das-serras; Giesta-amarela; Giesta-negral.
Época de floração: Abril-Junho.
Descrição:
Arbusto de 1 a 3 metros de altura, caducifólio, ramos abundantes, estriados e flexíveis, com 7 ou mais costas em forma de T no corte transversal; pode formar um pequeno tronco quando podado para o efeito;
Folhas:
Pubescentes constituídas por 1 a 3 folículos, até 13*6 mm, que surgem nas bases dos ramos.
Flores:
Solitárias, amarelas; cálice em forma de campânula, bilabiado, com bordo super
Fruto:
Vagem até 30*12 mm de comprimento, arredondada, com faces ocultas pela densa penugem acinzentada que as cobre.
Habitat:
Vegeta em locais com um estrato arbóreo mais ou menos denso e contínuo (matos); comunidades arbustivas, nas quais o estrato arbóreo é inexistente ou pouco significativo (matagais); coloniza plantações florestais e solos abandonados pela agricultura; é frequente em ambiente rupícolas.
Distribuição:
Oeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos; introduzida no Oeste da Europa e Norte da América; em Portugal tem a sua área de distribuição alargada a todo o território continental, o que se deve, em parte, à acção do homem.
Curiosidades:
À semelhança das outras espécies de giestas é muito utilizada na compostagem de estrumes e para “fazer a cama” de animais.
Fonte:
quercus.pt
tenho que por um ramo à janela do meu quarto. Pode ser que a coisa corra melhor. tenho que esperar até maio?!
ResponderEliminar"contra o carrapato" marchar marchar!
ResponderEliminarjá arranquei muitas!
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