Voltei à Aldeia! Apenas um Fim-de-semana, mas volto sempre que posso. Há um íman que nos atrai, há uma alegria, um sentimento profundo que as nossas raízes cimentaram para sempre! Cada vez é mais caro (material) fazê-lo, mas é sempre muito cara (espiritual) esta atracção!
Gostaria que toda a gente da Aldeia vivesse numa irmandade sã e num diálogo permanente. Era muito mais fácil! No entanto, não sei “porque carga d´água” encontro sempre histórias de pessoas que insistem na perfídia, na intriga, num clima de “bota abaixo”, criando divisões e conflitos que não conduzem ao bem-estar da Aldeia. O estranho disto tudo é que sempre foi assim: desde que me conheço! Será que o Samarra é mesmo assim por natureza?
Todos e cada um per si entendem que têm razão, o outro está sempre errado. É por isso que alguém já disse que o melhor que a democracia nos dá é isso: a razão! Cada um tem direito a ter a sua. O problema está mesmo em saber utilizá-la! E aí é que “a porca torce o rabo”.
O conceito “razão” já vem de longe! O filósofo Hegel foi dos primeiros a debruçar-se sobre o tema. Kant, com a sua obra, “Crítica da Razão Pura” questiona a problemática dos juízos sintéticos a priori. Mais tarde, Jean Paul Sartre com o seu existencialismo, vem dizer-nos que “a liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem”!
Portanto, nós vivemos em comunidade, temos cada um a nossa razão, mas devemos juntá-la à razão dos outros, discuti-las, obter consensos e formular uma razão única em defesa do objectivo comum, neste caso da Aldeia, do bem comum que nos congrega a todos!
Falar olhos nos olhos, sem ataques pessoais na ausência dos visados, discutindo ideias, dialogando! Não vale a pena insistir nas críticas anónimas porque essas valem zero e, normalmente, vêm sempre acompanhadas de uma borracha!
Era isto.
João Rodrigues

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  1. É uma pena que assim seja João, mas da mesma maneira que há democracia e livre arbítrio há também pessoas que não têm o dom de usar tais faculdades, porém têm uma grande qualidade, sabem criticar e deitar abaixo quem quer fazer o bem e pior, têm inveja de quem o faz.
    É certo que não é com certas guerrilhas que se resolvem certos problemas mas... é complicado fazer algo na nossa aldeia.

    Luis.

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  2. grande perspectiva da aldeia através desta foto aérea.
    Não vejo a minha casa!!!

    quem sou eu?

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  3. o joao chegou de aviao,ou de helicoptero?

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  4. De forma global e leviana parece-me que tudo gira em volta de... "...mas está sujeita às limitações do próprio homem".

    João não tens a foto com qualidade superior? Andava com ideias de arranjar uma foto para imprimir (com dimensões interessantes) e pendurar numa parede lá na aldeia... esta adequava-se perfeitamente mas precisava com maior pixelagem...

    O texto está soberbo.
    Parabéns!

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  5. O Parque Natural das Taliscas, o pulmão e o rim da aldeia

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  6. Sérgio:
    Esta foto foi-me gentilmente cedida pelo anterior Presidente da Junta, Sr. Adérito Silva. Tenho-a comigo e posso emprestar-ta para obteres os efeitos desejados. Se quiseres contacta-me.
    Abraço

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  7. Ok João, quando decidir debruçar-me sobre a questão mais afincadamente direi qualquer coisa... ainda está numa fase embrionária... mas esta perspectiva da aldeia é bastante interessante e ao alcance de poucos de ser feita. Daí uma foto aérea ser algo que possa ficar para a posteridade numa parede..

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  8. Este texto aborda um problema pertinente caro João, mas qual a conclusão que tiramos dele? E verdade que a aldeia vive em guerrilhas menores, mas se os que a provocam nao são confrontados o que acontece?
    Vamos deixar que os que agem nas sombras com o objectivo de, nao faço a mínima ideia, continuar a boicotar a harmonia construtiva? Vamos deixar a ruína instalada prevalecer? Nao vamos fazer nada? Vamos continuar a fazer charcas?
    As vezes penso que na terra dos samarras, mais do que bom senso falta determinação e hombridade, porque e mais fácil deixar andar do que dizer o que esta mal e correr o risco de ser um vilão sem saque! Ou então ser um troca tintas que joga em todos os campos e que diz mal De todos mas faz de conta que nao, estes são muito pequeninos e a história jamais rezara por eles!
    Falo revoltado porque estou farto de argumentar o obvio, ao ponto de ate poder perder a razão pelo facto de me deixar exaltar com tanta mediocridade!
    Se ser samarra e ser intriguista e desmazelado então eu sou da quinta! Nao me parece que ser samarra seja isto, quero acreditar que ser samarra e valorizar as nossas raízes e lutar pela sua preservação, bem como marcar a diferença nos caminhos que trilhamos!
    Em suma menos conversa e mais atitude, nao basta falar sobre o que esta mal, e necessário lutar pela mudança de pessoas e atitudes!
    Acima de tudo e necessário tomar posições e defende las !
    Nao me refiro obviamente ao autor deste post (para deixar claro) mas refiro me a toda a gente que se enquadra neste cenário, o facto de ter sido nesta rubrica e pura coincidência !

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  9. Não te metas com a Quintâ
    Quem fala assim não é grego
    Xequim!?

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  10. Em princípio só vou regressar à Aldeia nas Festas de Setembro. Espero conviver com todos estes meus amigos num ambiente são e divertido. Espero também colaborar no que for possível na concretização dos eventos, bem como encontrar empenho e voluntariedade, atributos que por vezes aparecem tão depressa como depressa se evaporam a despropósito!
    Santa Eufêmia é linda!

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