Era final de Junho, do ano de 1962, o recomeço das aulas ainda estava longe (7 de Outubro) e naquele ano quente a época da ceifa já tinha principiado.Eu e a minha amiga, companheira de ano, cada uma em sua burra pusemo-nos a caminho para a sede de concelho. Em Valbom o fuso de uma roca cai da varanda de uma casa de pedra, habitada por uma velha tecelã, a burra espantou-se e deitou-nos ao chão. Nunca me esquecerei deste episódio, afinal de contas tratava-se de um dia importante para o meu futuro. Não nos magoámos e chegámos a horas a Pinhel. A professora que me acompanhou na primária e que me fez repetir a quarta, não porque não soubesse como os outros mas porque alguém tinha que chumbar, já nos esperava.A prova escrita correu bem, passei à primeira, fizemos o caminho de volta sem nada de estômago vazio. A oral seria noutro dia quente como este e repetiríamos o mesmo trajeto até termos o diploma da quarta classe na mão.


Os rios, as linhas de caminho de ferro, o livro de problemas 1111, a tabuada, os reis, etc.... Repetia se pudesse…

(Anónimo)

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  1. Tiveram mais sorte que eu,que uns anos antes caí da burra nas Ferneirizes e ainda tenho a marca no queixo.
    Diz a professora prá mãe samarra,já vem atrasada, mandei ontem as notas para Pimhel e não o passei! Mas deixe ficar a chouriça.

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  2. Por causa dessa "Senhora" nunca mais pude encarar de frente uma disciplina que se chama Matemática! É que ainda hoje me dói a testa da pancada que me deu de encontro ao Quadro, à queima-roupa, por não saber fazer um exercício, que ela não soube explicar como devia ser! Chiça!!!

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  3. Professoras marcantes João, sem dúvidas... Vi o quadro de perto também várias vezes, ainda hoje lhe sinto o cheiro, fez-me detestar a escola e não me venham com conversas que antes é que era. Essas senhoras marcaram várias gerações, vi sangue, urina e réguas partidas naquele estrado...
    A vida continuou e espero que quem fez estas atrocidades tenha hoje consciência que errou e que traumatizou física e psicologicamente várias gerações, sem a mínima razão.
    Eu não esqueço, mas não me tira o sono

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  4. à cabra e à mulher corda curta se quer
    ouvi agora na sic.
    só isto
    vou jantar

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  5. Apenas para que não possa haver juízos deslocados.
    A professora a que o Luís se refer eu não a conheci.
    Quanto ao João Rodrigues, dada a diferença de idade que temos, ainda que pouca, o João não teve como professora a da chouriça a que eu me referi.

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  6. António Paulos: Refiro-me a uma tal Lurdes de Pinhel, a última das 4 que tive na primária (uma em cada ano)! Era tão cativante, tão motivadora que até me levou a , um dia, ter faltado à escola e, juntamente com o Porfírio termos ido aos ninhos e mais não sei que mais! :)

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  7. OK João!Quando as coisas têm nome, não há lugar a interpretações/traduções e deixam de ser traições como se diz.Tudo no seu "site".

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