Antecedentes
A Árvore de Natal é um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado na noite de Natal e tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.

Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal. 
Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas em Dezembro.

Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular pinheiro.
Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.


Árvore de Natal como hoje a conhecemos
A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central. Há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.

Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.

O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.

No início do século XVII, a Grã-Bretanha importou da Alemanha a tradição da Árvore de Natal, que se espalhou por toda a Europa e chegou aos EUA durante a guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães.


Árvore de Natal em Portugal
Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, esta predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Nos países católicos como Portugal, a árvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios. Mas a sua aceitação é recente quando comparada com os restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de Natal.
Até aos anos 50, nas cidades e nos campos a Árvore de Natal era pura e simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!

Árvore de Natal numa casa Samarra




Porque se escolheu o pinheiro bravo como árvore de natal?
O pinheiro bravo foi escolhido pela sua forma cónica que parecia




Os pinheiros nos seus habitats
Em Portugal 40% da área florestal corresponde a pinheiros. O pinheiro bravo situa-se de norte a sul de Portugal e alguns são plantados em zonas arenosas para sustentar o solo. O pinheiro manso situa-se em zonas mais delicadas.

Para além desta sua função de sustentar os solos (como foi o caso do Pinhal de Leiria mandado plantar por D. Dinis) e, tal como as outras árvores, têm uma grande importância no equilíbrio ambiental e na “purificação” do ar que nós respiramos. Servem também de local para as aves fazerem os seus ninhos e são acima de tudo seres vivos.


O que é mais importante? Ter uma árvore de Natal verdadeira em nossa casa durante apenas 1 mês ou o meio ambiente e o bem-estar de todos nós?

Sabe-se que num pinhal em crescimento há pinheiros que têm que ser periodicamente abatidos, para permitir o crescimento dos outros pelo que há municípios em que a câmara municipal aproveita esta época para limpar alguns pinhais e, ao mesmo tempo, disponibilizar à população, ramos cortados aos pinheiros, que, com um pouco de paciência na escolha, conseguem ser tão bonitos ou "jeitosos" como um qualquer pinheiro jovem, na tentativa, também, de evitar que as pessoas os cortem de forma descontrolada.

Também a fim de impedir o abate descontrolado de pinheiros, estabeleceram-se regras e desde há alguns anos que se pode adquirir um pinheiro artificial de ramos curtos e fartos, folhinhas espalmadas com 1 mm de largura - os pinheiros artificiais. Muitas pessoas optaram por esta escolha que, em nada se parece com o pinheiro de folhas agulha do nosso país. O que poucos saberão é que esse pinheiro artificial que decora e alegra tantos lares é inspirado no Teixo, árvore sagrada dos povos nórdicos.

Árvore de Natal numa casa Samarra


Árvore de Natal Verdadeira

Vantagens:
• É biodegradável, sendo a opção mais natural, mais amiga do ambiente. 
• Disponível em vários tamanhos. 
• O aroma agradável do pinheiro. 
• Absorve o dióxido de carbono e outros gases nocivos, libertando oxigénio fresco para o ar. 
• Depois do Natal, pode plantá-la no jardim. 
• A escolha da árvore pode tornar-se uma tradição familiar.

Desvantagens:
• Disponível apenas em verde. 
• Contribui para o abate de árvores. 
• É uma tarefa morosa: a árvore tem de ser bem escolhida, tendo em conta o espaço onde vai ser colocada; senão, terá de ser cortada. 
• Os ramos começam a desfazer-se, caem e sujam o chão à volta da árvore. 
• Precisa de ser regada. 
• Pode apodrecer, por isso, não pode estar exposta durante muito tempo. 
• Muito pesada. 
• Transportar a árvore até casa e desfazer-se dela depois da quadra natalícia pode ser uma tarefa complicada. 
• Apresenta risco de incêndio se não for correctamente vigiada. 
• Pode provocar alergias. 
• Acaba por ser mais cara porque todos os anos é necessário comprar uma nova.


Árvore de Natal Artificial

Vantagens:
• São cada vez mais parecidas com os pinheiros naturais.
• Disponível em vários tamanhos. 
• Disponível em várias cores. 
• É fácil de desmontar e não ocupa muito espaço. 
• Não precisa de ser regada. 
• Não apodrece, por isso, pode estar exposta durante muito tempo. 
• Bastante leve. 
• Muitos modelos são anti-inflamáveis. 
• Não provoca alergias. 
• Acaba por ser mais barata porque compra-se apenas uma e esta dura vários anos.

Desvantagens:
• Não é biodegradável, sendo a opção menos natural. 
• Não pode ser reciclada. 
• Alguns modelos têm um aspecto muito “plástico”, demasiado artificial. 
• Requer tempo de montagem e esta nem sempre é fácil. 
• Não tem o aroma agradável do pinheiro. 
• Apresenta risco de incêndio se não for correctamente vigiada.



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  1. porra sp fala-me mas é na Érica Fontes
    Ainda onte vi uma interpretação dela fantástica. Divinal!
    Quase que chorava.
    Só um senão, não gosto do pircing ou lá como se chama.
    Em contrapartida descobri hoje ao acordar que a Filipa Vacondeus ainda está viva.

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    Respostas
    1. piercing...oh penalvilha!!! depois, estamos aqui a falar de coisas sérias!...sê inteligente!

      (soldier)

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