O TRADICIONAL ALMOÇO DOS SAMARRAS,
A RESIDIREM NA ZONA DA GRANDE LISBOA, REALIZOU-SE DIA 2016.05.08.

O almoço proporciona o convívio e o convívio com almoço é outra coisa e assim têm decorrido estes convívios, cuja génesis remonta a cerca de 1975 com um piquenique nos terrenos do Jamor, junto do Estádio Nacional, com cerca de duas dezenas de Santa Eufemenses, ao qual se seguiram outros. Estas iniciativas estiveram inactivas durante vários anos e em 2000 foram retomadas com almoços realizados em vários restaurantes, mas, porque estes ficassem demasiado dispendiosos para quem tivesse uma família com vários elementos, procurou-se outra alternativa que é a que se tem mantido desde 2007 e sempre neste local. 
Na era dos restaurantes, um dos primeiros a serem seleccionados, foi o do Clube de Ténis no Lourel, Sintra, ao qual se seguiu a Toca do Júlio, na Praia Grande, o David da Buraca, na Buraca, o restaurante Beira Rio na Várzea de Sintra de entre outros; os organizadores destes convívios, à data, foram nomeadamente: Laura Almeida, Fátima Monteiro, o saudoso Valdemar, que contavam com a colaboração de outros entusiastas e abnegados conterrâneos.

Desde 2007, com se referiu, a esta parte, o convívio tem-se realizado no parque de merendas de Montachique, em Loures e tem tido desde o seu início, como organizadores um grupo de Samarras onde pontuam: o José Fernandes e a Conceição, José Joaquim e Inacilda e Delfim Fernandes e Maria José; este trio de casais que tem a colaboração de outros Samarras, tem sido fundamental para manter a tradição deste invento e por isso são merecedores do nosso bem-haja.

Eles merecem a foto de abertura.
Os organizadores com parte do seu staff, após saciarem o apetite dos seus conterrâneos,
tomam lugar na mesa da esplanada para também eles almoçarem.

A ementa tem sido a esperada e tem tido como aperitivos: os vários chouriços assados, o bom queijo, regados com a sangria ou vinho e refrigerantes e a sempre indispensável água. Enquanto os convivas aconchegam o estômago com as entradas e se cumprimentam, os sempre disponíveis, rodeiam os fogareiros para assarem as sardinhas, ao que se seguirão as febras, já que os chouriços já passaram por estas brasas e já estão a ser degustados.

Os especialistas não largam os assadores para que os grelhados possam sair à maneira.
Jorge, Delfim, J. Fernandes e Paulo.

Foto: André Raposo

Enquanto isto outros continuam a abastecer as mesas com a sangria,

Paulo, J. Joaquim e Fátima

para empurrar as sardinhas para dentro e darem lugar ao frango assado, encomendado no Rei dos Frangos em Odivelas e trazidos pelo A. Carapito, também esta, já uma rotina, as febras quentinhas porque assadas ali mesmo, aguardam a sua vez para se fazerem presentes nas mesas.

Elas aí estão torradinhas quanto baste e quentinhas.

Despachadas as sardinhas, é a vez das febras marcarem presença, que embrulhadas na rica salada e pão, que fazia lembrar o pão que se cozinha no forno Samarra, se procuram acomodar no espaço que as sardinhas ainda não preencheram. 
E entre conversas com o companheiro do lado e da frente, assim se dava sumiço ao conteúdo das travessas distribuídas pelas mesas corridas e entre duas mastigas, alguns procuram actualizar os seus conhecimentos; aquela/ele quem é…? É filho ou neto de quem?.... Diz por alcunha para ver se eu chego lá, ou onde moravam!.. Esta também é uma pergunta dos mais, quer dizer, daqueles menos jovens.



E para arranjar lugar para as muitas e gostosas sobremesas: tartes, tigeladas, pudins, mousses, deliciosas uvas, etc., não há como dar umas voltas para as ditas sardinhas e febras se acomodarem e darem entrada a estas, então umas voltas ao salão, ao som da marcha do acordeão, vem mesmo a calhar. 

Éramos cerca de 70 adultos e várias crianças para ajudarem a compor o raminho. De certo que, os que tiveram receio do que os homens da meteorologia anunciaram, o que não se concretizou, apenas um ventinho refrescante, mas com ausência de chuva; a estas horas estarão a torcer a orelha, mas aguardem que para o ano haverá mais. Talvez por aquele que foi e ainda bem, um falso alarme, o parque foi todo para nós, o que nunca tinha acontecido.

A avaliar pelas sobras das entradas, muitos mais poderiam ter vindo, mas os que estiveram presentes valeram por todos.



Para pôr ordem nisto tudo e para que o estômago não chame nomes, feios, à boca, o café veio moderar e acalmar a contenda e tudo acabou em bem. 

Neste convívio esteve presente, na dupla função, um Samarra da Confraria dos Ermitães, André Santos, que permitiu que muitos Samarras pudessem cumprir o seu dever de associados, pagando a sua quota e outros associaram-se e também nos brindou com lindas recordações sobre alguns monumentos da aldeia gravados em canecas, que muitos adquirimos.

As mesas corridas dos comensais Samarras e seus amigos

Foto: André Raposo

Não se apresentam fotos das gostosas sobremesas, para não incentivar os mais gulosos ao seu consumo. Saudações Samarras para os que estiveram e para os que não podendo estar, já estão a fazer juras de que para o ano é que é. Venham que todos são bem-quistos.


Maio 2016 (58) 
Apaulos


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  1. Éh pá! Isto abriu-me o apetite! Estou como uma fome. Grande familia samarra. Obrigado António Paulos.

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  2. Parabéns mais uma vez pelo belo relato, António. Sabe bem ver isto de longe. Obrigado

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  3. E é assim que esta gente se mantêm em contacto, se matam saudades e se actualizam as curiosidades e esta crónica nos mantêm a todos informados. Parabéns a um e a outros e nós que estamos longe, parece-nos que também participamos. Bem-hajam.

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  4. é este o espírito! Força conterrâneos.

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  5. Sou vegetariano, só como alfacinhas.

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  6. A propósito do representante da Confraria no almoço o que me parece uma decisão acertada! Quantos associados somos? Esta iniciativa que permitiu que alguns regularizassem a sua situação, quantos pagaram ali as quotas? Quantos novos associados aderiram? Obrigada.

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  7. Os convívios servem para manter a unidade e o blog e seus alimentadores de prosas e notícias são o elo de ligação e comunicação entre todos, logo, parabéns a estes generosos e disponíveis Conterrâneos.

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  8. Este ano não fui mas conto estar no próximo. Abraçlos

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  9. Correcção na identificação dos cavalheiros da 2ªfoto. O cavalheiro que aparece identificado como sendo o J. Fernandes, é um convidado deste, mas não o Zé.O J. Fernandes aparece na terceira foto, cabelo pintado de branco,avental vermelho e exibindo o seu relógio que nunca falha.Agora tudo no seu devido lugar.Saudações Samarras.

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    1. bem me pareceu.. Pensei que era outro Zé Fernandes

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