O azevinho (Ilex aquifolium):
É um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, ou de bagas. É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1500 m de altitude.


Folclore
Os ramos cobertos de drupas que persistem durante todo o inverno, contrastando com a folhagem persistente de cor verde escura, tornam a planta muito procurada por ocasião das festas do Natal (um costume popular que, assim como a antiga árvore de Natal germânica, tem as suas origens na práticas do paganismo pré-cristão da Europa).

Descrição
O azevinho comum é um arbusto de crescimento muito lento, atingindo em adulto de quatro a seis metros de altura. Alguns pés chegam a formar autênticas árvores. Pode viver 100 anos ou mais. As folhas alternas, inteiras, possuem um pecíolo curto e um limbo de 5 a 7 cm de comprimento, coriáceo, de forma geral ovalada e bordo ondulado e espinhoso, por vezes liso em indivíduos idosos. De um verde brilhante escuro na face superior, mais claras na face inferior, possuem espinhos afiados. As folhas persistem em geral três anos. A casca do tronco é cinzenta clara e lisa. Existem também azevinhos com folhas bicolores ou variegadas, geralmente verde e branco ou verde e creme (ver foto ao lado). É uma espécie dióica (indivíduos masculinos e femininos distintos). Tem flores brancas, de pequena dimensão (cerca de 6 mm de diâmetro).

Toxicidade:
Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas, são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas lenhosas. Amadurecem no fim do verão, persistindo durante todo o inverno. Não são comestíveis, chegando mesmo a serem tóxicos; por isso certos animais, especialmente certas aves, utilizem uma estratégia de consumo milenar, isto é, ocasionalmente consumindo ínfimas quantidades destes frutos por pura necessidade. As folhas também são venenosas.

Frutos:
Frutifica de Outubro a Dezembro. O fruto cujo diâmetro oscila entre os 7 e 10 milímetros é vermelho brilhante, com três a cinco pequenos lóculos no interior. É uma drupa baciforme globosa e lisa. O fruto amadurece no Inverno e pela sua cor torna-se muito vistoso, em contraste com as folhas verdes-escuro.

Folhas/Flores:
De consistência coriácea, variáveis, são ovadas a lanceoladas, indo até 10 cm de comprimento e 5 de largura, brilhantes e de cor verde-escura na página superior, são baças na inferior. As do tipo juvenil são onduladas e espinhoso-dentadas e as do tipo adulto são planas e inteiras. A forma das folhas pode variar na mesma planta entre os ramos mais velhos e parte baixa com folhas espinhosas enquanto a parte superior e os ramos novos podem ter folhas desprovidas de espinhos.

Floração de Abril a Junho. As flores de 6 a 8 mm nascem em pequenos grupos nas axilas das folhas. O cálice é constituído por quatro peças soldadas e uma corola de cor branco-creme ou rosada com quatro lóbulos levemente soldados na base ou, então, quase livres. É uma e spécie dióica, pois tem flores femininas e masculinas distribuidas por pés diferentes, sendo por isso as femininas as que aparecem com as drupas globosas, de um vermelho vivo.

Ecologia:
É chamada uma "árvore de sombra", pois suporta o coberto de árvores maiores. Indiferente ao tipo de solo tem a constante de preferir estações com pluviosidade alta ou média, bem como altitudes não indo além dos 1300 m. Encontra-se no norte da Península Ibérica em bosques de carvalhos, em companhia de faias, azinheiras e pinheiros, nas zonas menos degradadas Renova bem pelo cepo, podendo viver cerca de 300 anos

Distribuição:
Espontâneo em quase toda a Europa e Asia Menor. Em Portugal encontra-se no Norte nas serras de Larouco, Barroso, Padrela, Alvão, Marão, Montemuro, Lapa...,e também em Sintra e Monchique.

Utilização:
Usa-se como planta ornamental, em sebes de jardins, já que suporta bem as podas frequentes. Produz madeira branca, homogénea, pesada, de boa qualidade para ser trabalhada em marcenaria, e se tingida de negro, substitui o ébano.


Obs:

Existem muitas variedades ornamentais. É uma árvore muito procurada na quadra Natalícia, a tal ponto que corre actualmente o risco de extinção, sendo totalmente proibida a sua colheita no nosso País. Resistente à poluição urbana

Fonte:
arvoresdeportugal.free.fr
pt.wikipedia.org

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  1. se verem alguem a colher esta planta, chamem a GNR! quase que já não se vê. lamentavelmente.

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  2. fuma-se?
    Sp Esfumo-te a alma.

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  3. não sabia que corria risco de extinção. Também se fazem vassouras com esta planta ou não!
    Avisar o pessoal para não colherem a planta.

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  4. isto cresce como uma árvore? Não estou a ver onde há disto na Santa. Mas sei que há...

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  5. E a tradição que existe nos US? Sempre que 2 pessoas ficam debaixo de um ramo de azevinho (p. ex nas ombreiras das portas) têm que dar uns bjos! :D

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  6. o que tu sabes, fica sabendo que na Santa a mulher aue beber da água da Ermida tem que casar na aldeia, sabias?

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  7. nos EUA também têm a tradição de condenar pessoas à morte por dá cá aquela palha.
    Aquela além sff.
    Essa...
    Obrigado.

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  8. Nunca ouvi tal coisa anónimo... Como nunca bebi água da Ermida... tranquila! lol :D

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  9. blasfémia! nunca bebeste água da ermida! Não posso! Impossivel!

    Vitória B F

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