Rebuscar

Hoje caiu uma daquelas russas!
À antiga.
Céu limpo e sol brilhante mas com um frio que corta a gente!
Percebe-se a ideia da Samarra.
Toca a esgalhar freixos que o fumeiro precisa de trabalhar.
Muitos aproveitam a época do Natal para irem traçar lenha de outros para a lareira. Tractores de lenha! Em algumas zonas do globo esta prática é ilegal. Chama-se gamar, rusticamente falando.
Outrora era chamado de rebusco.
Acto de rebuscar. Buscar novamente. Procura de restos.
Azeitona, nozes, uvas, marmelos e também lenha.
Não é considerado roubo. Excepção feita se o acto for consumado antes da apanha concluída pelo dono do proveito.
Se por exemplo a Morcega se lembrar de ir varejar um nogueira alheia, às Pontinhas, mesmo que ela contenha arvoredos a tombar para o ribeiro, não é considerado rebusco. Lá está! Aqui enquadra-se o gamar. Arrebatar.
Há uma época estipulada para o rebusco. Fora deste limite é ilícito.
Outro exemplo. O Zé Rádio. O perecido José ia ao rebusco de varas para a apanha da azeitona. Varas de qualidade aprimoradas só como ele sabia. Posteriormente vendia-as aos próprios donos. É o chamado rebusco astuto. Requintado.
Hoje em dia também podemos praticar o rebusco por exemplo, quando cobiçamos uma moçoila que já teve 8 namorados, foi de 17 homens, bastante estrábica e coxa.
Se passarem de carro para o Vieiro ou para o Chão da Folha, como quem vai para a Serra e Horta Longe, tenham atenção aos buracos da Quintâ.
Bom fim-de-semana.