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Prov: Pinhel, Guarda Dep.: Na casa do Sr João Augusto Carapito em Santa Eufêmia
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Análise de Suporte
Ara em granito de tom acinzentado e róseo. O monumento apresenta-se bastante deteriorado, erosionado e fraturado junto à terceira linha do campo epigráfico. O fustre separa-se da base por um filete. A base, por sua vez, apresenta igualmente dois toros. A parte posterior do monumento não regista decoração.
Dimensões
O monumento apresenta uma altura de 63 cm por 31 cm de largura máxima (registada na base do monumento) e 33 cm de espessura máxima.
O campo epigráfico apresenta uma dimensão de 27 cm de altura e 29 cm de largura. A altura das letras varia entre 3,5 cm nas linhas um e dois; 4,5 cm no restante monumento. Os espaços interlineares apresentam dimensões de 2 cm nas linhas um e três; 1,5 cm na linha dois; e 6 cm na linha quatro.
Achado e Contexto Arqueológico
Achada na freguesia de Santa Eufémia, localizada no concelho de Pinhel, na posse do Sr. João Augusto Carapito. Desconhece-se o seu contexto de proveniência primário.
Comentário Paleográfico
Gravação profunda e bem legível. A inscrição apresenta-se puxada a cima, apresentando um espaço interlinear maior na última linha, em comparação com as restantes. Os caracteres revelam uma ligeira tendência de inclinação para a esquerda. Verificam-se pontos de separação na terceira e quarta linha, a separar todos os caracteres. A falta de espaço de gravação na segunda linha poderá ter condicionado a inscrição de um ponto de separação previsível entre o nome da dedicação e o caractere que a assinala. A deterioração do monumento impossibilita a leitura da primeira letra da primeira e segunda linhas
Inscrição
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Transcrição: Leitura:
[C]ASABIVS [C]asabius
[...]VRRILLIF [B ou T]urrili f(ilius)
V·S·L·M v(otum)·s(olvit)·l(ibens)·m(erito)
R·C R·C
Bibliografia Específica
Tomé 1983; 6-8 nº 17; Encarnação 1987: 29; Garcia 1991: 504 nº 568.
Observações e Interpretação
O teónimo deverá estar contido nas siglas RC, que poderão corresponder a Reve acompanhado de um epíteto local. Sublinhe-se que, habitualmente, apenas as divindade de cariz local ou regional aparecem em siglas (como acontece com IOM, por exemplo).
No que se refere à antroponímia, o dedicante identifica-se à maneira indígena através de um nome e do patronímico. Casabi regista-se num segundo testemunho em Cárquere (em Resende) {CIL II 5577[. No que diz respeito ao patronímico, Maria Tomé sugere uma leitura de Turrilli documentado igualmente na Gália soba forma de Turrius (Tomé 1983).
José Manuel Garcia e Abertos Firmat propõem uma leitura alternativa de Burrilli, com testemunhos sob a forma de Burili em Salamanca (HAE 1343; HAE 1367)
Organização textual pouco comum na Beira Interior, com alusão ao dedicante e patronímico; seguido da fórmula final de voto de acordo com a norma frequente na região; e, por último, do possível teónimo.
Maria Tomé (1983) sugere uma cronologia do século II d.C. de acordo com a paleografia.
Mapa de Localização de todos os monumentos votivos consagrados a divindades indígenas.
Fonte: Dissertação Daniela de Freitas Ferreira.pdf - FLUP - pág 245 e 246
Memória coletiva e formas representativas do (espaço) religioso. O contributo da epigrafia votiva para o entendimento das manifestações religiosas no contexto da ocupação Romana da Beira Interior.
Estava em frente à casa do sr José Augusto Carapito ,anteriormente a casa pertencia ao sr Augusto Carapito.Ficou ali durante muitos anos,quando foi recolhida à Pinhel.
ResponderEliminarUm museu na aldeia (no salão, por ex) com as peças da nossa história e outros conteúdos enriquecia mais a nossa cultura.
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