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Quando as jovens samarras começavam a olhar para a sua sombra, quando eles procuravam rondar a porta das moças ainda que à distância, quando através do janelo da porta da rua, procuravam espreitar e ver se o seu, ou aquele que começava a prender a sua atenção, também estava no grupo do cantar do terço no período da Quaresma nos sábados à noite e ele se procurava arranjar melhor e bem penteado, quando passava à sua porta, afinava a voz e fazia-a sobressair para que ela o notasse; quando ele procurava as redondezas da sua porta no fim do dia de trabalho duro e se ela vinha ao postigo, ou aparecia no cimo das escadas, nem que fosse para sacudir o pano do pó ou para despejar o alguidar de água onde a mãe lavara as batatas para o caldo e de uma maneira disfarçada, procurava por entre as pestanas verificar, disfarçadamente, se ele estaria por ali, pois um pequeno gesto ou olhar furtivo, já era compensador para o rapaz Samarra e que lhe dava motivos para voltar no próximo dia e assim, ambos, continuarem este jogo de corações palpitantes, até os pais dele pedirem permissão aos pais dela para poderem falar e “namorar”.
Quando isso acontecesse, o rapaz já se podia aproximar do postigo ou da janela e até sentar-se junto dela no balcão das escadas, porque a maioria das casas que tinham loja, onde guardavam os mantimentos e o “vivo”, tinham uma escadas exteriores para subirem para o espaço da habitação e dependendo de como as coisas evoluíssem, mais tarde ou mais cedo teria permissão para entrar em casa e aí sob as vistas da mãe ou na ausência desta e por mando desta, com uma das irmãs por perto, que por vezes era subornada pelos jovens, para poderem ficar uns momentos sem vigia e assim, já não tinham que ficar a namorar à janela ou nas escadas do balcão, expostos à curiosidade dos passantes.
Quando a nossa querida professora e ainda bem jovem “D. Aninhas”, ali pelos anos 50 e a expensas suas, para que os seus alunos/garotos ficassem mais bem preparados, da parte da tarde levava-nos para sua casa alugada e ali dava continuidade às aulas, porque o espaço da escola era só um para todas as classes da 1ª. à 4ª. classes; mas ao meio da tarde, por vezes, surgia o seu namorado o saudoso “primo António Pedro” com uma cesta de maçãs “São Joaninhas” e nós tínhamos direito a uns minutos de recreio e íamos para fora, para as lajes, onde mais tarde construíram e funcionou a última escola a comer as raras maças e eles entretinham-se durante algum tempo nas suas aulas de namorisco. Refira-se com justiça e gratidão, que mais tarde e depois de casada e já com um filho continuou a dar aulas aos seus garotos/alunos, na sua casa de família. Bem-haja D. Aninhas, em nome dos garotos Samarras.
Voltemos ao namoro dos jovens Samarras; se havia um forasteiro que começava a arrastar a asa a uma jovem Samarra, os restantes rapazes, estavam sempre à coca para verem quando entrava em casa e quando isso acontecesse, era confrontado com o: tens de pagar o vinho e então juntavam-se todos e em ronda pelas ruas da aldeia, acompanhados de concertina, ou gaita de beiços e mais tarde, já ao som do acordeão, passavam por todas tabernas da aldeia e chegaram a ser 6 em simultâneo; hoje já nem tabernas nem cafés, mas também em contrapartida, o senso populacional naquelas eras, andava na ordem os 500/700 habitantes, para os cerca de 120 residentes actualmente e pagava vinho e tremoços para todos na primeira em que entrassem e todos bebiam, posto o que o levavam-no a passar pelas restantes onde o vinho e os tremoços ficavam pagos para outras rodadas, e só assim ganhava o direito e consentimento para namorar a jovem conterrânea Samarra.
Os bailaricos eram locais e oportunidades privilegiadas para os rapazes e raparigas se encontrarem, estas vigiadas pelas mães. O rapaz pedia com uma vénia à menina para dançar e se ela não queria dançar, olhava para o lado, mas se o rapaz insistia e ela não se podia escapulir, aceitava dançar, mas fazia-o sem entusiasmo e com desinteresse, para que não a voltasse a tirar para nova dança. Se um par dançava duas ou mais seguidas, já deixava a suspeita de princípio de namoro.
Nos bailes, os rapazes disputavam as raparigas que apertavam ou se deixavam apertar, pois com o calor dos corpos e da música, eram ocasiões propícias ao despertar do sexo.
Os bailes tinham as suas regras, conforme se fossem públicos ou privados. As raparigas para entrarem não pagavam, bem como as mães, ao contrário dos rapazes e homens.
Se surgia a oportunidade dos namorados trabalharem juntos, nomeadamente a torna dias sobretudo na segada “ceifa” quer a torna dias, para os pais de um e outro, ou em rancho para fora da aldeia, era uma boa ocasião para estarem mais tempo juntos e na ceifa procuravam ficar juntos no eito e indo ele à frente, procurava de vez em quando, ceifar um bocado do seu eito para a aliviar e para que não tivesse tanto trabalho.
Esta tarefa, a par da malha e nesta sobretudo por causa da moinha, era das mais difíceis das tarefas do campo, porque executada de sol a sol e no pico do verão, mas com o cheiro do amor por perto tudo se tornava mais leve.
Quando saiam da aldeia em rancho para outras localidades, para a tarefa da segada, longe dos pais e manos para os vigiarem, estes jovens eram controlados pelo manageiro que todos respeitavam e a quem obedeciam.
Um dia a filha do patrão pergunta ingenuamente à mãe; numa relação sexual quem é que engravida? E a mãe sem cuidar do significado da pergunta, responde é quem fica por baixo!.. Então a filha aliviada desabafou, aí que o nosso criado está grávido!...
Chegada a hora de juntarem os trapinhos, procuravam o Sr. Prior, para marcarem a data e cerimónia do casamento, os pregões eram lidos na missa de domingo e depois afixados na porta da igreja, para que, se alguém soubesse de algo que pudesse obstar ao casamento se pronunciasse.
A virgindade nas raparigas era um elemento fundamental para defesa da honra e vergonha da família. Uma moça desflorada era motivo de falatório e de vergonha para ela e família, sobretudo se o rapaz a deixava.
E foi a nossa região habitada pelos Celtas, era em que, para estes antepassados longínquos, uma mulher não virgem ou mesmo com filhos, era mais disputada e valorizada.
Os agora noivos faziam a ronda de convite aos parentes e amigos para anunciarem a data e convite para o casamento, tarefa que por vezes se tornava longa sobretudo se tinham que percorrer outras aldeias, onde tivessem parentes e amigos.
A tarefa de fazer esta ronda, antigamente, chegava a demorar o tempo de uma lua e um dos alimentos que levavam para o caminho era o mel e dizem que a “A Lua de Mel” vem desta tradição, sendo esta uma das várias explicações para esta terminologia; contudo há várias versões e conceitos e um dos mais antigos reporta-se a mais de 2.000 anos a.C. na Babilónia, em que o sogro oferecia ao genro uma bebida de hidromel, que ele devia tomar durante o primeiro mês de casamento, um período lunar, para lhe dar vigor e potenciar o fazer do primeiro filho e dai a” lua de mel”.
Ainda na mitologia, a “lua de mel” entre Zeus e Hera durou 300 anos, Hera deusa grega, que correspondia à deusa romana Juno e que renovava a sua virgindade todos os anos, através de banhos que tomava nas fontes de Cânata perto de Nauplia, a primeira capital da Grécia da era moderna.
Mas não nos preocupemos como seria na terra Samarra, pois a chamada de “lua de mel”, tal qual a conhecemos hoje, não era e era passada na intimidade e sem grandes roncos, quando muito, a primeira noite numa pensão perto da aldeia, pois não havia meios para a imaginarmos como a dos dias de hoje.
No dia do casamento, após a cerimónia religiosa e desde a porta da igreja até à casa dos pais da noiva, onde esta era levada pelo agora marido e todos os convidados; os garotos armavam o laço isto é: com uma cadeia ou um banco e um paninho, guardanapo, com um prato neste, esperavam que a comitiva, ao passarem por eles, ali deitassem uma moeda, que por norma era preta, mas alguns também levavam no outro bolso umas moedas brancas, para os garotos especiais da ocasião especial. Quem não tinha banco ou cadeira punha a boina em cima de uma pedra grande que retirara no muro perto e também aguardava pela sua sorte isto é pelo gesto generoso dos passantes.
Entregue a noiva na casa dos pais e seus convidados, para o jantar, agora almoço, o cortejo com o noivo e convidados deste, assim como os garotos com o laço armado, continuavam até à casa dos pais do noivo. Só após o jantar, se juntavam nas casas de um e de outro.
Hoje é tudo diferente, há quem defenda que morarem juntos é como que uma fase pré-casamento, não questionando se certo ou errado, é diferente, ponto.
A jovem, agora já era mulher e esposa, mas para ficar completa, precisava de parir para ser mãe e atingir a plenitude e respeito das outras mulheres. A mulher quando casada esperava engravidar, cumprindo assim um sonho, mas quando acontecia e durante o tempo que fosse possível procurava esconder a gravidez, devido aos comentários e piropos, por vezes inconvenientes e maldosos, que lhe eram dirigidos por certos indivíduos inconvenientes, sobretudo se era a primeira gravidez. Se demorava a engravidar, por vezes, o marido era alvo de chacota, tal como, vê lá se precisas de ajuda diz, que eu vou lá!!!
A infertilidade, por outro lado, era motivo de vergonha e embora o problema nem sempre fosse da mulher, era sobre ela que, recaia a culpa, e inventavam-se as desculpas de vária ordem, desde conjuras a invejas e a causas sobrenaturais. As anomalias patológicas é que nunca eram invocadas ou afloradas, porque também desconhecidas.
A culpa nunca podia ser atribuída ao homem, pois nas comunidades campesinas, a riqueza de um casal era sobretudo, medida pelo número de filhos, nomeadamente para ajudarem no trabalho do campo. Mulher sem filhos é como um rio que secou, ou mulher estéril é como uma árvore que se mantém em pé, mas não dá frutos; ora não era fácil conviver com estas concepções populares.
Para resolver o problema de infertilidade, as promessas e rezas multiplicavam-se, nomeadamente ao Stº. António o que também já acontecia para arranjarem noivo. Estes ritos e outros já aconteciam na cultura Grega da antiguidade, em que, Hipócrates, 460-377 a.C., filósofo e médico, recomendava que um homem para ser fértil, não devia tomar banhos quentes, nem praticar o acto sexual sob o efeito do álcool.
Aproximando-se a altura do parto, nomeadamente até à década de 1950/60, a jovem parturiente se não fosse ajudada pela mãe ou avó, combinava com a senhora entendida e prestável, que a pudesse assistir nesta tarefa, que poderia estar para breve e a” parteira” ficava de prontidão e assim que o marido lhe fosse bater à porta, quer fosse de dia ou de noite e se de noite dizia-lhe, enquanto me visto vai pondo ao lume uma panela com água a aquecer que eu já lá apareço. A candeia de petróleo ou azeite também devia estar alimentada.
As parteiras remontarão ao começo da existência humana e a experiência era-lhes transmitida pelas mães e da destreza e confiança maior ou menor, seriam ou não vocacionadas para esta mestria.
Nem todas as mulheres sabiam ou tinha coragem para serem parteiras, três das que exerciam estas artes, na terra Samarra e que ainda conhecemos, foram as Sras.: Alda Santos, Ana Pedro e Paixão de Jesus. Eram estas conterrâneas que faziam da sua experiência o que lhes faltam em termos de formação, pois possivelmente, nem o seu nome sabia assinar.
As parteiras ocasionais, deviam ter sido mães, deveriam ser discretas, pois iam entrar em casa do casal e ter acesso a tudo o que ali se passava e à sua intimidade; dizem que também convinha que tivessem mãos finas e experientes e dedos compridos, para os utilizarem se necessário fosse, a fazerem as vezes de “fórceps”, se a criança estivesse atravessada para nascer.
Foram elas que ajudaram a nascer muitos garotos Samarras, até porque hospitais, ou não os havia e se havia ficavam longe o que inviabilizava a ida para estes, nomeadamente por falta de transportes os quais eram assegurados pelos jumentos e por via de dificuldades económicas.
Para a jovem que se preparava para ser mãe pela primeira vez, o ambiente das quatro paredes da sua casa, a cama onde foi feito, seria o lugar ideal para o pôr cá fora. Em suma nas (MS) Maternidades Samarras.
Para facilitar o parto, por vezes, colocava-se na cama, às escondidas da parturiente, umas calças do homem, esta era uma das muitas crenças que se alimentavam.
A propósito de calças na cama, quando estava na tropa, um capitão que privou com o general Farinha Beirão de Pinhel, contou-me o seguinte episódio; o general quando um dia andava à caça, cruzou-se com o seu pastor e às tantas diz o general para o pastor, então meu burro, quando é que paras de fazer filhos, pois já tinha uma prol numerosa de garotos e o pastor responde; meu general, atão, basta atirar as calças para a barra da cama que ela fica logo prenha.
Os garotos irmãos se já os havia, eram convidados a sair; irem para a rua brincar com outros garotos, ou para casa de familiares ou se mais crescidos e se durante o dia, mandavam-nos com o “vivo”, os animais e quando chegavam a casa já lhes apresentavam o mano.
Desejava-se à mãe, que nasça bem e que tenha uma hora pequenina.
A mulher deveria fazer força para fazer abrir o cofre, designação que também se dava à boca do corpo, pois por ali, o nascedouro, devia sair um tesouro, o filho garoto ou menino.
Garoto se a mãe era pobre ou menino se a mãe era rica. Embora fosse vergonha a mulher mostrar as suas intimidades a um homem, mas se as coisas se complicavam, o marido procurava o médico que por serem raros e longínquos, para os meios de movimentação na altura, só se procurava em situações extremas e por vezes quando chegava, já só se limitava a confirmar o pior “o óbito” de um ou de ambos”, pois o passo do macho ou do cavalo, por mais depressa que andasse por veredas e carreiros, para quem esperava podia ser uma eternidade e podia não chegar a tempo.
No meio da dor de perda, restava o conformismo e consolação, que mulher que morresse no parto ia direitinha para o céu.
Na altura do parto havia dois tipos de comportamento choro e gritos alucinantes no antes e durante, daí fecharem as portas e janelos/janelas, pois as paredes de perda sobre pedra com ou sem barro a liga-las e a tapar os buracos, deixavam passar todos os ruídos e no logo que recebe o filho nos braços, o choro de alegria da mãe ao qual se juntava o choro da criança. A parteira para agradar aos progenitores, dizia sai à mãe e atira ao pai.
Era altura em que as famílias eram numerosas e a mulher Samarra que conheço, pois ainda está entre nós e que pariu mais filhos ”13” e apenas dois não vingaram como ela me referiu, é a Sra. Irene Soeiro e o marido foi o Ti “Jaquim Gaitas - Joaquim Soeiro”. Ver crónica “Era preciso Coragem Mães Samarras”.
Após o parto, para a mãe, era feita uma canja de galinha e nesta altura quem passasse e visse a galinha a morrer dizia; quando o pobre come galinha, um dos dois está doente, o pobre ou a galinha; mas aqui não era o caso e isto confirma a regra de excepção.
As estatísticas dizem-nos que: Nos anos 60 em Portugal, a média de filhos era de 3,2 por mulher e hoje é de 1,36; quanto à mortalidade dos nascidos era de 77,5 por cada mil e hoje é de 3,2, e a esperança média de vida era de 60 anos contra os 80 de hoje, 83,3 anos as mulheres e 77 para os homens. (in Pordata).
São interessantes as narrativas que, A. Vermelho do Corral, descreve nos seus livros sobre a mulher ribacudana, com experiências recolhidas nas aldeias do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, nomeadamente: Algodres, Almofala, Escalhão, Escarigo, Mata de Lobos e outras, nas margens do rio Côa, ficando nós na outra margem e que descreve no livro “Processo Ritual e Tradição em Portugal a partir da Cultura da Zona de Riba Côa” e que narra com naturalidade, clareza e sem tabus, os testemunhos das mulheres ribacudanas.
As nossas mães camponesas distribuíam o seu tempo entre o cuidar dos filhos na casa pequena ou mesmo muito pequena e o campo para ajudar o marido nestas tarefas, mas exactamente por via das necessidades, os oito dias que deviam ficar em casa a recompor-se e descansar, nem sempre eram observados e aí iam elas com o filho ao colo embrulhado no xaile a levar o jantar ao marido e a ajudá-lo nas tarefas do campo.
O garoto que é habituado ao colo dificilmente quer ir para o berço e então sussurravam-lhe:
Dorme, dorme meu fedelho,
Que a mãe logo vem,
Foi lavar os cueirinhos
À fonte do Concelho.
Uma jovem mãe Samarra, depois de ter alimentado a filha e de a pôr limpinha no seu berço, ela não parava de chorar, então a mãe desesperada meteu-a debaixo da cama e ela ali, no escuro, adormeceu a chorar. Se elas lerem esta prosa, vão dizer, isto foi comigo.
Podemos ler em Génesis; 3,16 “ Aumentarei os sofrimentos da tua gravidez, entre dores darás à luz os filhos”.
Em homenagem às nossas MÃES, aqui fica um pouco da história, dos garotos Samarras; do namoro ao parto, em que foram feitos com prazer, paridos com dor e criados com amor. Julho
2017 ( .. )
Apaulos
Mais uma a fazer-nos lembrar o nosso chão e as dificuldades que os nossos pais e nós passámos e que fizeram temperar a fibra Samarra. Obrigado ao autor e ao blog.
ResponderEliminarEsse chão brevemente vai ter esterco de porco!
ResponderEliminarMais uma bela descrição de como era e que ficaria oculta e se perderia para sempre na memória do tempo.Obrigada Apaulos pelo trabalho e dedicação às coisas Samarras e de partilhar o seu trabalho connosco. Bem-haja.
ResponderEliminarFibra samarra???
ResponderEliminarFebras de de porco.
Magnifico relato Sr. SAMARRA, que tem pugnado por nos trazer histórias e factos que poucos saberiam e os que sabiam, não os saberiam expor por dificuldades de várias ordens, nomeadamente, neste caso por serem tabus, mas também estes fazem parte do nosso passado. Bem haja e continue a explorar e explicitar o que lhe for surgindo.
ResponderEliminarDitos, para que não se percam:
ResponderEliminarAgora que a mulher já é mãe, estava cumprido o sonho de rapariga.
Os filhos da minha filha meus netos são, os do meu filho serão ou não!
Dizia a parteira para o garoto: Foi a tua mãe que te botou no mundo, mas foram estas mãos que te seguraram.
É uma menina bonita como a mãe e responde o pai com cara de pau "carne (quem sabe completar....).
Se tinham muitos filhos dizia-se, aquando de pequenas zangas, que se entendam pois são filhos da mesma ninhada "da mesma porca" genuína da nação samarra e a quem a ouvi ainda está entre nós.
Dor parida dor esquecida pois se ao fazê-los se lembrassem das dores para os porem cá fora, não nasceriam tantos garotos.
O parir é dor o criar é amor.
Caro conterrâneo, com estas suas crónicas retratando o nosso passado, que afinal em muitos casos é comum a muitas aldeias da nossa Beira profunda, não só enriquece e acautela o nosso passado, bem como, valoriza este meio de comunicação que em boa hora outros Samarras criaram. Mantenham o burralho aceso.Bem-haja.
ResponderEliminarHá dias, alguém que nao tem o seu contato perguntou-me se a crónica que disse que ia fazer sobre "OS DOUTORES SAMARRAS", se já teria saido! eu disse no blog ainda não, então eu deixo aqui a pergunta: Apaulos já a completou? Há quem a aguarde com curiosidade para ver quantos somos.Obrigada.
ResponderEliminarA Crónica dos Doutores Samarras já foi concluída e enviada aos Administradores do Blog para publicação. Como não a posso repetir aqui nos comentários, pois é algo extensa, digo-lhes apenas que encontrei 130 DOUTORES SAMARRAS e estes, na crónica, têm nomes. Obrigado a quem me ajudou a chegar a estes nomes. Apaulos
ResponderEliminarCaros "SAMARRAS", na crónica de 9.5.2012, dedicada às "MÃES SAMARRAS" com o título - ERA PRECISO CORAGEM "MÃES SAMARRAS", PARA PARIREM TANTOS FILHOS; de entre elas aparece referida a MÂE IRENE, como tendo sido a MULHER SAMARRA que mais filhos teve nas maternidades Samarras, na casa de cada uma, onde fomos feitos, paridos e criados. Na última vez que estive com ela, já lá vão uns anos, foi num almoço samarra, no Parque de Merendas em Loures e dizia-me a SRA. IRENE, muito orgulhosa do seu feito, eu tive 13 filhos e "só não criei 2". Ela e o Ti "Jaquim Gaitas" Joaquim Soeiro, seu marido, homem que deitava as mãos a tudo para criar a sua prole e de quem uma das filhas, aqui neste blogue disse que tinha muito orgulho de ser filha do ti "Jaquim Gaitas". O padre Vitor Feytor Pinto, falecido há dias, dizia: A morte é um limite da natureza e do lado de lá está a Ternura maravilhosa de Deus que nos acolhe. Também são dele estas palavras: Alguém a quem queiras muito, diz-lhe, hoje, o teu querer. Fá-lo em vida, irmão em vida.Sempre que ia à terra prguntava à minha irmâ pela Sra. Irene. Que a Senhora das Fontes a tenha levado pela mão até ao PAI. Condolências aos seua, ainda 10 filhos. apaulos
ResponderEliminarSimples, mas linda homenagem a uma " Mulher Samarra", de quem todos os vizinhos gostavam. (RIP).
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