O Samarra: Contos e Lendas

Mostrar mensagens com a etiqueta Contos e Lendas. Mostrar todas as mensagens

Fim de verão

<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKXZsN2jPoV4WcS5xwHoJkciOV2-sE0kHeUe1T46WbZI1pn4s2PaXV1yV6kHscQNIez8ClwjC2SRrCUY4yCHC9HyxU7y0qzhJmQrvy1oM-a3eGhTPXcyyk26FMTuSK0meY7K643RrWKh7/s1822/P_20180922_190455-01.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1214" data-original-width="1822" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKXZsN2jPoV4WcS5xwHoJkciOV2-sE0kHeUe1T46WbZI1pn4s2PaXV1yV6kHscQNIez8ClwjC2SRrCUY4yCHC9HyxU7y0qzhJmQrvy1oM-a3eGhTPXcyyk26FMTuSK0meY7K643RrWKh7/s640/P_20180922_190455-01.jpeg" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Agora que chegámos a setembro é tempo de recordar aquela velha narrativa a propósito da partida das andorinhas e da chegada dos taralhões. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ouvi este fim-de-semana a propósito das andorinhas já terem partido.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Pelos vistos quando os taralhões, que vêm do norte de África, se cruzam com as andorinhas mandam-lhe com esta: </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">- Andorinhas suas p#_t@s, foram poucas e vieram muitas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ao que as andorinhas respondem:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">- E vós taralhões loucos que vindes muitos mas regressarão poucos.</span></p><p><span style="font-size: medium;">Faz sentido. </span></p>

Fim de verão

Agora que chegámos a setembro é tempo de recordar aquela velha narrativa a propósito da partida das andorinhas e da chegada dos taralhões. ...

segunda-feira, agosto 31, 2020

O elixir da agonia

<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde sempre, a criatividade e o desenrasque foram atributos
associadas à gentes samarras.  <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na medicina, por exemplo, a indústria farmacêutica
contemporânea é importunada e substituída pelas mais variadas mezinhas
samarras. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Indo de encontro a esta ultima dissertação, há poucos dias um
cidadão samarra procurou auxílio num simples arame 14x16 (das videiras) para
restabelecer-se de uma forte dor de dentes. Costuma dar resultado! Mas desta
vez, por mero azar, o dito apetrecho causou-lhe uma grave infecção. Quanto à
malvada dor, essa permaneceu e aumentou até. Desnorteado, em completo desespero,
decidiu galgar trilhos sombrios na direcção do Nobel da medicina.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tentou o que até hoje ainda ninguém teria experimentado - é
assim que se fazem grandes descobertas. Socorreu-se de uma bilha de petróleo. Petróleo,
o elixir da agonia! Encheu a boca com o preparado (usado para motores de rega),
bochechou o suficiente, até aguentar, na esperança que tal matasse o “bicho”. Mas
hoje não era o seu dia de sorte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo fontes próximas a reacção foi imediata. Depois de
uma potente indisposição e mudança de cor a cabeça do visado inchou! Desconhece-se se a dor de dentes desapareceu.   
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O infeliz episódio acabou nos hospitais de Coimbra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passados longos e penosos dias, já teve alta. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se a experiência tivesse surtido um resultado positivo, hoje
o petróleo (para motores de regas e afins) seria um bom substituto da velhinha
aguardente na cura de infecções.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: x-small;">"<a class="qlink" href="http://kdfrases.com/frase/91405" style="background-color: whitesmoke; color: #181818; font-family: 'Cantora One', georgia, serif; line-height: 20px; text-align: left; text-decoration: none; transition-duration: 400ms; transition-property: color;">Se andarmos apenas por caminhos já traçados, chegaremos apenas aonde os outros chegaram.</a><span style="background-color: whitesmoke; font-family: "georgia" , serif; line-height: 18px; text-align: left;">”</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: whitesmoke; font-family: "georgia" , serif; line-height: 18px; text-align: left;"><i>Alexander Graham Bell </i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: whitesmoke; font-family: "georgia" , serif; line-height: 18px; text-align: left;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqNJ1yHQv3I6Xtq3Pw6xFFKwEekXVD70Xdftk-eBGLuIAlnGVvsUUyIcJ-11sghNJDskF6tQZA6Qz83ycEyNhX6WHDXFPvFJIaQlTMVVzDgJUr7HzhjEqKeSvSQwoLBP2IiU0vzPursmZ/s1600/aa8cb98ea05d767ae24c7037773badbf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitqNJ1yHQv3I6Xtq3Pw6xFFKwEekXVD70Xdftk-eBGLuIAlnGVvsUUyIcJ-11sghNJDskF6tQZA6Qz83ycEyNhX6WHDXFPvFJIaQlTMVVzDgJUr7HzhjEqKeSvSQwoLBP2IiU0vzPursmZ/s640/aa8cb98ea05d767ae24c7037773badbf.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: whitesmoke; font-family: "georgia" , serif; line-height: 18px; text-align: left;"><i><br /></i></span> </span></div>

O elixir da agonia

Desde sempre, a criatividade e o desenrasque foram atributos associadas à gentes samarras. Na medicina, por exemplo, a indústria farmacê...

sexta-feira, dezembro 04, 2015

Lendas cá da aldeia

<strong>Noites longas</strong><br />
O Ti João foi passar umas férias a casa do seu compadre, a Cerejo. Pegou na burra e num cabresto, e fez-se ao caminho.<br />
Ao passar por uma aldeia, perguntam-lhe:<br />
- Olhe lá, para que leva um cabresto na mão?<br />
- A burra andou ao burro, vou passar uns dias a casa do meu compadre e o cabresto é para quando nascer o burreco.<br />
- E quando é que a burra andou ao burro, questionam.<br />
- Foi ontem, responde.<br />
Ao chegar a casa do compadre, este pergunta-lhe o mesmo sobre o cabresto.<br />
Ele responde da mesma maneira.<br />
O compadre preocupado, comenta para a mulher:<br />
- Estamos chapados, então o compadre vem com o cabresto para o burreco que ainda nem sequer nasceu! Vai ficar aqui uma eternidade! Vamos pô-lo na loja, sem claridade, juntamente com o burro, e durante uns tempos não lhe dizemos quando é dia.<br />
Assim foi, ficou dias e dias na loja escura e era sempre noite! Sentia barulho em cima da casa e pensava que para aqueles lados as noites eram maiores.<br />
-Oh compadre ainda não é dia? Questionava ele para cima do soalho que cobria a loja.<br />
- Ainda falta muito tempo compadre, respondia.<br />
Farto e alguns dias depois:<br />
-Oh compadre quando chegar o dia diga, quero ir para a minha casa, não passo aqui nem mais uma noite.<br />
E assim foi, ao ouvirem isso eles abriram-lhe a porta.<br />
No caminho de volta ao passar por outra aldeia, parou para repousar e perguntou a uns sujeitos:<br />
-podem-me dizer se as noites aqui são tão grandes como na terra do meu compadre?<br />
- As noites? Claro, são iguais.<br />
- Futrique-se! Fiquem bem, boa noite.<br />
<br />
(lenda samarra)

Lendas cá da aldeia

Noites longas O Ti João foi passar umas férias a casa do seu compadre, a Cerejo. Pegou na burra e num cabresto, e fez-se ao caminho. Ao pa...

quarta-feira, dezembro 04, 2013

Vida de Santa Eufémia, Culto e Lenda

<div style="text-align: justify;">
                                                               <span style="font-size: large;"><a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/10/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">1</a> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html#.UppSe8TxonI">2</a> <u>3</u> 4</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
 <b><i>  Desiludido e enfurecido, o governador ordenou que a atormentassem num cavalete de ferro, o que prontamente se executou. Insatisfeito ainda, mandou acender uma fogueira e suspender pelos cabelos sobre ela a nossa Santa.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Mas Eufémia, amparada por uma graça especial de Deus, longe de desfalecer, não cessava de cantar os louvores do Senhor, no meio destes tormentos.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Envergonhado por tantas derrotas, o iniquo governador, cego pelo seu fanatismo pagão, ordenou que a levassem à Serra do Gerez e aí a precipitassem do alto dum elevado rochedo, para que morresse despedaçada no fundo do abismo.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Porém, ó prodígio!</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Mais uma vez o Senhor veio em socorro da sua fiel serva, mandando-lhe um Anjo que a suspendeu no ar, e, de mansinho, a depôs no fundo do vale, sã e salva, sem a mais leve arranhadura!</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Vendo os ímpios ministros da execução que Eufémia escapara mais uma vez às suas mãos iníquas, levaram-na de rastos à presença do governador, o qual, num acesso de furor, puxou da própria espada e, apontando-a ao seu angélico peito, lhe atravessou o coração. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Assim se desprendeu esta bela alma de seu corpo mortal, para desferir o seu voo em direcção ao céu.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Assim findou a sua peregrinação na terra esta grande heróica da Santidade.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Foi no dia 13 de Abril do ano de 140 da era cristã.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Tinha então 20 anos de idade. No mesmo dia foram também martirizados dois confessores da Fé, cujos nomes se ignoram, e seus corpos lançados a um valado juntamente com o de Santa Eufémia. Os cristãos daquele lugar foram de noite buscar as venerandas relíquias e deram-lhes piedosa sepultura junto dos muros da cidade de Obóbriga.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Com as invasões dos bárbaros, que se deram nos séculos seguintes, desapareceu a tradição do lugar da sepultura de Santa Eufémia. Passaram-se séculos.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Só no ano de 1090 se dignou Deus revelar ao mundo o corpo de Santa Eufémia, para sua pública veneração.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Certo dia, pastoreando o seu rebanho naqueles sítios uma inocente e piedosa rapariga, em dado momento observou uma mão que emergia da terra e se agitava, tendo num dos dedos um anel de ouro com uma resplandecente pedra preciosa. A rapariga aproxima-se da mão misteriosa, toma-lhe o anel, e larga em desabrida correria para sua casa, a mostrar aos pais o precioso achado e a contar-lhe o estranho fenómeno.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Mas, ó prodígio! A rapariga ficara muda, só podendo por sinais informá-los do sucedido.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   O pai acompanha-a, sobressaltado, ao miraculoso local, e, vendo a mão misteriosa, toma o anel e coloca-o no seu lugar.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Imediatamente a rapariga recupera a fala e começa a relatar ao pai tudo o que se havia passado. Ao mesmo tempo ouviram uma voz que dizia:</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   «Aqui está o corpo de Santa Eufémia; tratai de o levar para a igreja de Santa Marinha para ai ser venerado».</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Confuso e alegre ao mesmo tempo, o lavrador volta a casa e conta aos vizinhos e amigos o sucedido.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Dirigem-se ao local, mas já não se vê ali a mão misteriosa. Cavam; e com admiração de todos, aparecem os corpos de Santa Eufémia e dos dois mártires que com ela morreram pela Fé.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Estas relíquias foram encerradas religiosamente numa urna e trasladadas para a capela de Santa Marinha, que distava dali um quarto de légua.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfsGpptQErvcYaWfZT_kNURPer4cRPGJHP0MtPKmhhcPfU1VZabit94-ltdYGCTt78YEo58vV587EzWejoSoUHobChaJhkzgR7Y-m5wGfHdxEk4f2dS3-SxwuFWB2r7TcZKNPi5rUpwEU/s1600/eufemia_paisio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfsGpptQErvcYaWfZT_kNURPer4cRPGJHP0MtPKmhhcPfU1VZabit94-ltdYGCTt78YEo58vV587EzWejoSoUHobChaJhkzgR7Y-m5wGfHdxEk4f2dS3-SxwuFWB2r7TcZKNPi5rUpwEU/s400/eufemia_paisio.jpg" width="280" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Crescendo a devoção dos cristãos para com Santa Eufémia e Santa Marinha, a pequena capela foi, dentro em pouco, transformada em Igreja paroquial com o título de Santa Marinha de Covide, e o corpo de Santa Eufémia foi depositado numa capela anexa.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Porém, 60 anos mais tarde, ou seja em 1158, o bispo de Orense (Galiza), muito devoto de Santa Eufémia, desejando possuir na sua Sé as veneradas relíquias e invocando direitos que desconhecemos, veio a Covide acompanhado dum grande séquito de sacerdotes e de povo; e, colocando o Santo corpo numa urna nova, o fazia transportar com toda a pompa e solenidade para a sua Sé, quando lhe sai ao encontro o    Arcebispo de Braga, com os sacerdotes e o povo da cidade, a protestarem contra a usurpação dos venerandos despojos, e a oporem-se à sua trasladação.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Para solucionar a questão, os dois bispos concordaram em entregar o caso à Providência, colocando a urna de Santa Eufémia num carro tirado por uma junta de touros que nunca tivessem trabalhado, aos quais deixariam encaminhar-se para onde os guiasse o seu instinto.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Assim se fez; mas, com grande mágoa para o Arcebispo de Braga e seu povo, os touros tomaram o caminho de Ourense e, sem que ninguém os tangesse, foram quedar-se às portas desta cidade.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Conhecida assim a vontade de Deus, a veneranda relíquia foi levada numa procissão majestosa através das ruas de Orense até à Sé Catedral, onde ficou depositada e ainda hoje se encontra em grande veneração.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Orense celebra a festa de Santa Eufémia no dia 16 de Agosto com um rito particular.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Portugal, embora privado do precioso corpo de Santa Eufémia, nem por isso afrouxou a sua devoção por ela. Pelo contrário, tantos séculos são passados sobre a sua morte e até sobre a perda de suas relíquias, e, apesar disso, é cada vez maior a devoção popular pela simpática Santa Portuguesa.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Foi esta devoção popular que fez construir, aqui e além, Santuários em sua honra.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>  Na serra do Gerez há um que fica, segundo a tradição, no próprio lugar donde a Santa foi lançada ao fundo do precipício.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>gar donde a Santa foi lançada ao fundo do precipício. Este Santuário está situado junto do parque das famosas águas termais do Gerez e é frequentado pelos fiéis que ali vão à busca de melhoras para a saúde.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   O do Monte da Carriça é, sem dúvida, o mais frequentado de  Portugal, e o povo tem uma devoção verdadeiramente singular pela bela  e milagrosa imagem que nele se venera. Ao longo dos tempos, multidões  de crentes têm ajoelhado aos pés desta imagem, quanto deles derramando  lágrimas de sentida gratidão pelos benefícios recebidos.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   É esta melhor prova de como Santa Eufémia se compraz em repartir, deste seu trono de misericórdia, graças e bênçãos sem conta a favor dos seus devotos.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Bendita seja, por isso, este Monte de maravilha e de milagre, Solar Sagrado da grande Santa que o escolheu para trono das suas benemerências.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">                                                                  </b><span style="font-size: large;"><a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/10/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">1</a> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html#.UppSe8TxonI">2</a> <u>3</u> 4</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">fonte: paroquia-alvarelhos </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Pe. Manuel António Moreira</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>

Vida de Santa Eufémia, Culto e Lenda

1 2 3 4 Desiludido e enfurecido, o governador ordenou que a at...

sábado, novembro 30, 2013

Vida de Santa Eufémia, Culto e Lenda

<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">                                                               </b><span style="font-size: large;"><a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/10/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">1</a> <u>2</u> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda_30.html#.UppZK8TxonI">3</a> 4</span><br />
<br />
<i><b>  Chegadas que foram ao uso da razão, foi-lhes revelado quem eram, qual o seu admirável nascimento, a bárbara determinação de sua ímpia mãe e o modo como a Divina Providência as livrara da morte, não só do corpo mas também da alma.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Não cessavam, por isso, de render graças a Deus, por as ter preservado da morte e sobretudo de morrerem sem o santo Baptismo.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Foram crescendo em idade e em virtudes, consagrando um afecto verdadeiramente filial às suas mães espirituais, que, depois de lhes terem dado o leite, lhes ministravam também a ciência da virtude e da santidade, sob a direcção do santo Arcebispo bracarense.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Aos dez anos de idade, as nove princezinhas foram recolhidas numa casa dos arrabaldes de       Braga, numa espécie de comunidade religiosa. Ali, depois de consagrarem a Deus a pureza da sua alma e do seu corpo pelo voto de castidade, exercitavam-se cada dia na prática de todas as virtudes cristãs.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Assim decorreram cerca de dez anos.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>  E as santas donzelas mais pareciam do céu do que da terra: eram anjos na pureza, querubins no fervor, serafins no amor!</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Por este tempo, o imperador Adriano decretava uma nova perseguição contra os cristãos em todas as províncias do Império e encarregava Lúcio Caio de dar execução ao iníquo decreto na Lusitânia e na Galiza.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   As santas donzelinhas, cujas virtudes cristãs já irradiavam o seu suave perfume por todas aquelas redondezas, foram, dentro em poucos denunciadas como cristãs, presas juntamente com Sita, e levadas à presença do Governador, sem que este suspeitasse que eram suas filhas. </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   O Régulo Bracarense ficou encantado com a beleza e a compostura das angélicas donzelas. </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>De aspecto severo, mas de coração bondoso, perguntou-lhes quem eram, que religião professavam e se estavam resolvidas a cumprir as ordens do Imperador, adorando os deuses do Império. </b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Então Genebra tomou a palavra e em nome de todas respondeu: «Senhor: se nos perguntas pela nossa linhagem, acredita que em nossas veias gira o sangue da principal nobreza desta província, porque somos todas tuas filhas e de Cálcia, tua esposa.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBIuZTviCd2C-nVL-dMr7GgDY9hUOzQ9AV0fDvJt1nErtCvCuirn8uMWGw-EsLgYvCGWcZ1L_y2U4EgQ5iV1-ZM7TrcxZNtx06SWqQnCt0ccvWAWRq1OQ8LZm0U7frT_LopzY5vZBS9k/s1600/santa+eufemia+_tricase.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMBIuZTviCd2C-nVL-dMr7GgDY9hUOzQ9AV0fDvJt1nErtCvCuirn8uMWGw-EsLgYvCGWcZ1L_y2U4EgQ5iV1-ZM7TrcxZNtx06SWqQnCt0ccvWAWRq1OQ8LZm0U7frT_LopzY5vZBS9k/s640/santa+eufemia+_tricase.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Quanto à religião que professamos, adoramos Cristo, filho de Deus vivo, com quem nos desposamos pelo baptismo. Estamos prontas a dar o sangue das nossas veias pela confissão do seu Santo Nome, mesmo à custa dos maiores tormentos».</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Contou-lhe em seguida as circunstâncias do seu nascimento, e o modo como escaparam a morte a que a mãe as condenara. Fê-lo ciente da sua criação e educação e da resolução em que todas perseveravam de se manterem fiéis a Jesus Cristo, e concluiu com estas palavras: «Aqui estamos na tua presença; dispõe de nós como melhor te parecer». Lúcio Caio ficou passado de espanto.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Ele recorda-se de algumas coisas passadas, que o inclinam a acreditar o que ouvira. Muda de cor por diferentes vezes e não pode ocultar a inquietação que sente dentro do peito. Suspende o acto judicial, e manda retirar os ministros, ficando só com as meninas e com Sita.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Tira-lhes dos pulsos as algemas e, conduzindo-as ao interior do palácio, chama Cálcia e conta-lhe tudo o que acabava de ouvir.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Cálcia fica cheia de confusão e de medo, e ainda mais, quando Sita lhe explica o modo como salvara a vida daquelas inocentes meninas.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Cálcia não se atreve a negar, antes confirma, envergonhada, a verdade de todo aquele mistério.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Sem ao menos deixar a esposa terminar a sua narração, logo que Lúcio Caio ouviu da rainha a confirmação das afirmações de Genebra e Sita, corre para junto de suas filhas, abraça-as uma a uma, com toda a ternura de pai, e diz-lhes que uma coisa lhes exigia para como filhas as receber no seu palácio: renegarem a fé Cristã e prestarem culto aos deuses do      Império. De contrário, seriam sujeitas aos maiores tormentos, esperando-as a morte mais ignominiosa.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>  Mas, nem as promessas nem as ameaças conseguiram demover as santas donzelas. Ao contrário com o mais nobre desprendimento das riquezas e glórias do mundo, protestaram inteira fidelidade ao divino Esposo de suas almas, afirmando todas que preferiam a morte a renegarem a sua fé.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Lúcio Caio ficou atónito com esta unânime constância. Mas não desanimou.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>  Confiado em que reflectindo melhor, as filhas acabariam por ceder, mandou encerrá-las numa dependência do palácio, até que o resto se rendessem.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Encerradas, pois, todo o resto daquele dia e parte da noite, as santas virgens perseveraram em humilde e fervorosa oração, pedindo ao Senhor que lhes inspirasse a melhor forma de em tudo fazerem a sua Santíssima Vontade e lhes concedesse a virtude da Fortaleza.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Porém, no silêncio da noite, quando todas lamentavam, não a morte que as esperava, mas o verem que seu pai ia manchar as mãos no sangue das próprias filhas, eis que Deus lhes envia um Anjo Consolador a ordenar-lhes que fujam dali em direcção aos montes das cercanias, onde deviam separar-se, tomando cada uma o rumo que o Senhor ia inspirar-lhe.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   E, como o Anjo lhes facilitou a saída, deixaram o palácio sem que ninguém as pressentisse.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>  Dirigiram-se às montanhas mais próximas, como lhes ordenara o Anjo, e ai, estreitando-se num abraço derradeiro, tomou cada qual o caminho que o Senhor lhe inspirou.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>  Lúcio Caio, logo que teve conhecimento da misteriosa fuga de suas filhas, ficou furioso e mandou emissários em perseguição delas, para as prenderem e reconduzirem ao palácio. Mas, apesar de todos os esforços feitos, apenas conseguiram reaver Quitéria, que foi a primeira a sofrer o martírio, como adiante se verá.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Santa Eufémia na dispersão das nove irmãs foi guiada pelo seu Anjo para a extinta cidade de Obóbriga, que ficava não muito distante de Braga. Foi ali recebida por uma família cristã junto da qual se conservou durante algum tempo, levando sempre uma vida recolhida, de intensa piedade e de continua mortificação.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Deus, porém, ainda a chamava a uma vida de maior penitência e recolhimento, em que ia preparar-se para as glórias do martírio. Por isso, obedecendo às inspirações da graça e sempre guiada pelo Anjo, deixou a cidade de Obóbriga e dirigiu-se para a Serra do Gerez, onde permaneceu durante dois anos entregue aos rigores da mais austera penitência. Numa espécie de gruta que ali encontrou na concavidade de um rochedo, ela se abrigava das inclemência do tempo. Alimentava-se de ervas e frutos bravios e, de longe, de em longe, de algum bocado de pão que lhe ofereciam os pastores que por ali apascentavam seus rebanhos.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Em certa ocasião veio a saber, pelos mesmos pastores da serra, que em Obóbriga começara uma violenta perseguição contra os cristãos, para se dar execução ao decreto do Imperador. Inflamadas de zelo pela glória de Deus, e temendo que os cristãos perseguidos vacilassem na Fé e acabassem por renegar a Jesus Cristo, Eufémia decidiu-se a abandonar a serra e regressar à cidade, afim de dar ânimo e constância às vitimas da perseguição.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjljOL6A6OB-cy3fWgylXBw3y2Agwh-E6xwWAzam074rvi-GKhZpdML_wSBcl85RwqN3OCCgN3wswh2mdWOR-qjPHEswijGE7cFgfv7tMYeqWkvjyhUKvo7sHriEgmrkqRoVFHHpytA8Uk/s1600/S1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjljOL6A6OB-cy3fWgylXBw3y2Agwh-E6xwWAzam074rvi-GKhZpdML_wSBcl85RwqN3OCCgN3wswh2mdWOR-qjPHEswijGE7cFgfv7tMYeqWkvjyhUKvo7sHriEgmrkqRoVFHHpytA8Uk/s640/S1.jpg" width="466" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Foi então verdadeiramente incansável no seu heróico apostolado. Ela acorria a toda a parte onde houvesse cristãos perseguidos.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Era admirável vê-la, transbordante de zelo pela salvação das almas, reunir os cristãos nas casas particulares e até nas praças públicas, a falar-lhes dos sublimes mistérios da nossa fé, da caducidade dos bens da terra, e de como é desprezível a vida terrena se, para a conservar, for necessário renunciar à felicidade do céu.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   Observando, porém, os gentios que Eufémia com sua palavra inflamada não só tornava mais fortes na fé os cristãos, ainda convertia inúmeros pagãos à mesma Fé, arrebataram-na violentamente de entre a multidão que a escutava e levaram-na, algemada, no meio de uma algazarra infernal, à presença do governador da cidade.</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>   </b></i><b><i>Este, julgando mais fácil persuadi-la pela brandura do que por ameaças e torturas, procurou insinuar-se-lhe no ânimo, tratando-a com afabilidade e dirigindo-lhe palavras de carinho.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Lamentou em termos de refinada hipocrisia o engano em que vivia, adorando e seguindo a Cristo, com desprezo dos deuses do Império.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Por isso lhe rogava que renegasse a sua fé, bastando uma só palavra para recuperar a liberdade.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Se persistisse, porém, na sua louca teimosia, esperavam-na a desonra, os tormentos e a morte mais ignominiosa.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Eufémia, inspirada pelo Espírito Santo, respondeu, de angélico sorrir a aflorar-lhe nos lábios e com toda a serenidade, que nada havia no mundo capaz de a separar do amor de Jesus Cristo. Se para o provar fosse preciso verter todo o seu sangue, não hesitaria um só momento e julgar-se-ia imensamente feliz.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   O governador, enfurecido com tão ousada resposta, mandou submetê-la aos bárbaros e desumanos açoutes, que a reduziram a uma chaga viva, gotejando sangue por todos os poros do seu corpo virginal.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Em seguida ordenou que a metessem numa masmorra escura e imunda, onde em breve deveria exalar o último suspiro.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Eufémia suportava sorridente aqueles bárbaros suplícios e não cessava de agradecer ao Céu o tê-la julgado digna de sofrer pela sua Fé. Mas Deus, querendo reservá-la para maiores batalhas, enviou à prisão um Anjo que miraculosamente a curou de todas as suas chagas e lhe deu alento para as duras pelejas que a esperavam ainda.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   O governador, informado de que Eufémia aparecera repentinamente curada, ordenou que a retirassem do calabouço e a cercassem de todas as comodidades e atenções.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Mais: por satânica inspiração, ordenou que lhe proporcionassem um encontro com jovens libertinos e corruptos que com promessas e seduções a amolecessem na sua constância, esperando que Eufémia acabasse por ceder à tentação da impureza, a que logo se seguiria a apostasia da Fé.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   O estratagema era deveras diabólico; mas enganou-se mais uma vez o iníquo governador.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>   Eufémia repetiu, energicamente, com uma santa indignação, os infames sedutores, de tal modo que os convenceu da inutilidade de seus perversos esforços.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>  </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">                                                                  </b><span style="font-size: large;"><a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/10/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">1</a> <u>2</u> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda_30.html#.UppZK8TxonI">3</a> 4</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">fonte: paroquia-alvarelhos </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Pe. Manuel António Moreira</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>

Vida de Santa Eufémia, Culto e Lenda

1 2 3 4 Chegadas que foram ao uso da razão, foi-lhes revelado quem...

sexta-feira, novembro 15, 2013

Vida de Santa Eufémia, culto e lenda

<div style="text-align: justify;">
                                                                  <span style="font-size: large;"><u>1</u> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">2</a> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda_30.html">3</a> 4</span><br />
    <br />
   Uma lenda muito antiga narra que Santa Eufémia faz parte de um grupo de nove irmãs gémeas (Quitéria, Genebra, Vitória, Eufémia, Marinha, Marciana, Germana, Basília e Liberata), que a mãe mandou afogar no rio Este (em Braga). Sita, a criada, toma as crianças e confia-as aos cuidados de Santo Ovídio, o Prelado bracarense. E, de acordo com a lenda, as nove irmãs teriam sido martirizadas no tempo do Imperador Adriano.</div>
<div style="text-align: justify;">
       Não obstante haver muitas cidades a disputar o berço de Santa Eufémia, e outras tantas lendas a propósito do seu miraculoso nascimento, sabe-se que há apenas uma Mártir com este nome: <b><i>Santa Eufémia de Calcedónia</i></b>. Nasceu na Bitínia, em data ignorada, e foi martirizada em Calcedónia (Grécia) por volta dos anos 307 - 310 da era cristã, aquando das encarniçadas perseguições movidas pelo Imperador romano aos cristãos.</div>
<div style="text-align: justify;">
      Após as várias torturas a que foi sujeita para que renegasse a fé cristã, foi lançada aos leões, no circo. Mas estes pouparam-na. Irados, os seus algozes mataram-na com um golpe de espada.</div>
<div style="text-align: justify;">
      Encontramos não poucas referências a Santa Eufémia nos escritores antigos. Várias igrejas foram construídas em sua honra um pouco por todo o orbe cristão. Foi na igreja de Santa Eufémia que reuniu o <b><i>Concílio de Calcedónia</i></b>, no ano 451.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90_oPBblNraDr2HyjUtSXRbuR2POkZ8JN4EZ0hAuMVM6F4tvbtQfrOb9KVdPSgjlGWVHPIeI-OCmx9rkfANXxVc-39nNra6dzqcxIq83B0IRD9LBnbaM-lTyuco0idN4e_NvTI-YrdFY/s1600/Todos+os+tamanhos++Santa+Eufemia++Flickr+%E2%80%93+Compartilhamento+de+fotos!+-+Google+Chrome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90_oPBblNraDr2HyjUtSXRbuR2POkZ8JN4EZ0hAuMVM6F4tvbtQfrOb9KVdPSgjlGWVHPIeI-OCmx9rkfANXxVc-39nNra6dzqcxIq83B0IRD9LBnbaM-lTyuco0idN4e_NvTI-YrdFY/s640/Todos+os+tamanhos++Santa+Eufemia++Flickr+%E2%80%93+Compartilhamento+de+fotos!+-+Google+Chrome.jpg" width="428" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Virgem e mártir de Calcedónia. Fresco na <a href="http://www.panoramio.com/photo/29910365" target="_blank">Basílica de Santa Eufêmia em Piacenza</a>, Italia.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
      O <b><i>Concílio de Calcedónia</i></b> – o IV Concílio Ecuménico – foi convocado pelo imperador Marciano, com assentimento do Papa São Leão, para definir o dogma cristológico. Participaram entre 500 a 600 bispos, quase todos orientais. Foi nessa altura proclamada uma importante fórmula de fé, que definiu a unidade da pessoa de Cristo em duas naturezas – <b><i>homem e Deus</i></b> – sem confusão nem mudança, sem divisão nem separação. Neste Concílio foram também aprovados vários cânones disciplinares sobre os bispos, os clérigos, os monges e as paróquias.</div>
<div style="text-align: justify;">
      A festa de Santa Eufémia realiza-se no dia 16 de Setembro.</div>
<div style="text-align: justify;">
      Santa Eufémia de Calcedónia é representada iconográficamente de vários modos: <b><i>com uma espada cravada no peito; com dois leões, deitados, a seus pés; com um lírio ou uma palma de martírio</i></b>. É também representada com uma roda (alusão a um dos tormentos que lhe foram infligidos antes de ter sido atirada aos leões).</div>
<div style="text-align: justify;">
      Atendendo a que Santa Eufémia faz parte duma imensa multidão de mártires da primitiva Igreja, não são muitos os dados biográficos que dela chegaram até nós. Aliás, a escassez de dados biográficos contrasta com as muitas referências que são feitas à Santa de Calcedónia, cidade na qual teve lugar um dos grandes Concílios da Igreja. Infelizmente, abundam por aí as mais variadas lendas, sem o mínimo dos mínimos de credibilidade ao redor desta santa. Aqui e além, porém, podemos respigar alguns breves apontamentos biográficos fidedignos. Transcrevo um deles:</div>
<div style="text-align: justify;">
      <b><i>O procônsul Orisco enamora-se da virgem Euphemia, de Calcedónia, e a tinha atormentado já sem a vencer. Ameaçou-a de a queimar viva, se não renunciasse à sua fé. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      - Não temo esse fogo com que me ameaças, diz-lhe ela com ar intrépido; accende-se quando se quer e por si mesmo se apaga; tenho bastante coragem para não temer dores que não teem quasi senão um momento de duração. O que me faz tremer é o pensamento do fogo eterno, que arde e arderá sempre nos infernos, esse fogo que arderá sempre cada vez mais sem nunca afrouxar; esse fogo que está preparado para aquelles que sacrificam aos ídolos e abandonam o verdadeiro Deus.</i></b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
      Havendo, como afirmei já, apenas uma Santa chamada Eufémia (de Calcedónia), quero aqui transcrever a lenda de Santa Eufémia e suas irmãs mártires – a lendária Santa Eufémia portuguesa. Trata-se de uma lenda, sem qualquer fundamento histórico, como é óbvio. Todavia, atendendo a que não deixa de ser uma das mais curiosas lendas que li até hoje, acho oportuno citá-la.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Santa Eufémia teve o seu berço em Calcedónia, cidade da Ásia Menor, junto ao Mar Negro. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Ali nasceu no último quartel do século II da era cristã, e ali sofreu também o martírio no ano 303, sob o império de Diocleciano. Porque era objecto de grande veneração em toda a cristandade, a partir da Idade Média várias cidades se atribuíram a glória de lhe terem servido de berço, entre as quais a de Braga. Este facto deu origem a várias lendas que os célebres «cronicões» se encarregaram de registar e fazer acreditar através de muitas gerações. Porém, nos nossos dias, vários hagiógrafos de renome, depois de se terem debruçado pacientemente sobre os documentos autênticos da especialidade, puderam chegar à conclusão certa de que houve apenas uma comemorada na Igreja Católica no dia 16 de Setembro. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Segundo a velha tradição, é uma das oito irmãs gémeas de Santa Quitéria. Viveu no século segundo da era cristã, tendo nascido, provavelmente, no ano 120. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>       Era filha de Lúcio Caio Atílio Severo, Régulo duma das províncias do Império Romano, a qual se compunha de parte da antiga Lusitânia e de parte da Galiza. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Lúcio Caio residia na cidade de Braga e era casado com D. Cálcia Lúcia, ambos de famílias muito ilustres, mas idólatras e gentios. Lúcio Caio soube conquistar de tal maneira as boas graças do Senado Romano, que este o elegeu Cônsul, um dos mais elevados cargos do Império. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      O imperador Adriano também depositava nele a maior confiança. Encarregou-o, por isso, de fazer uma visita oficial á Galiza, para que o informasse das necessidades mais urgentes de seus povos, pois resolvera visitar todas as províncias do Império, e queria minorar a sorte de todos aqueles que se encontravam oprimidos pela tirania dos governadores. Durante as longas ausências de Lúcio Caio em Roma, a rainha Cálcia ficava na cidade de Braga, onde tinham o seu palácio. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Partindo de Roma para se desempenhar da missão de que fora, encarregado pelo Imperador, veio por Braga, onde se demorou durante algum tempo junto da esposa. Esta, depois de ser estéril durante anos, concebeu nesta ocasião, e ficou grávida quando Lúcio Caio seguiu para a Galiza.</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFlSwxFbY2rwcDpL-2xmnHX5IU99i334LGnmvsdULIOmwqnKcZNhpfjRQ59NXOmu3ZrhIHSvX6A2ooEAVOn6UX8NAmL-LWpl9omFogT9S1T8FdL1XgmJi4K-KnxQT6W3K-G31pFtMejHo/s1600/Santa_Eufemia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFlSwxFbY2rwcDpL-2xmnHX5IU99i334LGnmvsdULIOmwqnKcZNhpfjRQ59NXOmu3ZrhIHSvX6A2ooEAVOn6UX8NAmL-LWpl9omFogT9S1T8FdL1XgmJi4K-KnxQT6W3K-G31pFtMejHo/s640/Santa_Eufemia.jpg" width="556" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Santa Eufêmia -  Autor: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Zurbar%C3%A1n" target="_blank">Francisco Zurbaran</a> (1598 – 1664)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Chegado o tempo do parto, durante a ausência de Lúcio Caio, a rainha Cálcia deu á luz nove meninas duma beleza encantadora. Abismada com tão estranho e raro acontecimento, e receosa de que seu marido viesse a suspeitar da sua fidelidade à vista duma prole tão numerosa, Cálcia concebeu um projecto que só lhe podiam inspirar os espíritos infernais: desfazer-se de todas as suas filhinhas, mandando-as afogar no rio Este, que passa junto da cidade de Braga. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Comunica este seu execrando projecto a sua criada, Sita, que lhe assistira ao parto, e a única pessoa que tivera conhecimento do extraordinário fenómeno. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Depois de o obrigar a prometer-lhe que guardaria de tudo o maior segredo, ordena lhe que faça divulgar a noticia de que a rainha tivera infeliz sucesso no parto; e que aproveitando a escuridão da noite, tome em um cesto as nove criancinhas e vá lançá-las num dos pélagos mais profundos do rio Este. Sita, porém, era cristã, embora ocultamente. Por isso, não podia colaborar em crime tão monstruoso. A sua recta consciência de cristã fervorosa não lho podia consentir. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Perplexa, sem atinar com o que devia fazer, recolhe-se por momentos em fervorosa oração, invocando o auxilio de céu em tão delicada conjuntura. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      E, como sempre sucede àquele que bem ora, o socorro do Alto não se fez esperar. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Inspirada pela Divina Providência, Sita toma as nove inocentes criancinhas; e, em vez de se dirigir para o rio, como lhe ordenara a rainha, corre a levá-las ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, pedindo-lhe que as baptize, afim de assegurar, antes de mais nada, a vida da alma, a quem corria tão grande risco de perder a do próprio Corpo. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      O Santo Arcebispo, posto ao facto de tudo o que se passava, depois de louvar a santa solicitude de Sita, derrama sobre as cabeças das felizes meninas as águas lustrais do baptismo, impondo-lhes os seguintes nomes: Quitéria, Genebra, Vitória, Eufémia, Marinha, Marciana, Germana, Basilia e Liberata. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Radiante de alegria, ao ver as inocentes meninas livres da maior desgraça que as ameaçava, a de morrerem sem o santo baptismo, Sita vai agora esforçar-se por lhes salvar também a vida do corpo. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Com esse fim, toma novamente as meninas, e vai procurar amas de leite, cristãs, que as criem e eduquem na Santa Religião de Cristo. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      E como nesses tempos primitivos da Igreja já estava muito espalhada a Fé Cristã na cidade de Braga e seus arredores, foi-lhe fácil encontrá- las. </i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>      Santo Ovídio nunca mais deixou de se interessar pelas felizes meninas, e tomou mesmo à sua conta todos os encargos da sua criação e educação. A formação religiosa, que receberam, foi a mais completa possível; e produziu uma tão grande influência nos corações das santas meninas, que veio a informar por completo toda a sua vida.</i></b></div>
<b><i><br /></i></b><span style="text-align: justify;">                                                                  </span><span style="font-size: large; text-align: justify;"><u>1</u> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda.html">2</a> <a href="http://osamarra.blogspot.com/2013/11/vida-de-santa-eufemia-culto-e-lenda_30.html">3</a> 4 </span><br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">fonte: paroquia-alvarelhos</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Pe. Manuel António Moreira</span></div>

Vida de Santa Eufémia, culto e lenda

1 2 3 4 Uma lenda muito antiga narra que Santa Eufémia faz...

quinta-feira, outubro 10, 2013

Antes do voltaren e do relmus...

Antes do voltaren e do relmus...

quarta-feira, novembro 21, 2012

Eu, o Matumba e o Preto

<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Narrativa contada pelo “Eu” (designação fictícia), a propósito do proprietário do quiosque de Pinhel, que atravessava a rua diante de mim, do Eu e de 3 pratos vazios de caracóis, no café em frente à secundária de Pinhel:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Não gosto deste gajo desde aquele episódio… <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Em Pinhel, há 20 anos atrás, Eu, o Matumba e o Preto decidimos pregar uma partida ao gajo do quiosque Avenida. A ideia foi minha. Dávamos uns murros nas chapas do Quiosque e quando ele viesse ter connosco eu dizia que tinha sido o Preto, o Preto apontava para o Matumba e o Matumba apontava para mim. Era uma óptima ideia, todos concordámos. <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Assim foi, demos uns valentes murros na estrutura, o gajo saiu de lá furioso e Eu apontei para o Preto, o Preto para mim e o Matumba para mim! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Levei umas lambadas bem dadas, mas foi engraçado! <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Isto, depois de ter salvo um destes dois elementos, naquele episódio caricato ocorrido na Trincheira com o Bogalhas, o profanador de menores. "</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span></span></div><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman';">  </span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1CUcfiMZbZtve_XM6qAKtQHS0NJI5Wg0zkqerHt3wkJSWhS6CxhcSi4Vwg72BEaNHi1GHa54-lfxHYerK3Tblu8tHJVZyfWH3PLyKM6-xr_uVjc8yC0GSXi4eQewWE5m7M47nLXEB2ihR/s1600/DSC_0522+(2)+as+Smart+Object-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1CUcfiMZbZtve_XM6qAKtQHS0NJI5Wg0zkqerHt3wkJSWhS6CxhcSi4Vwg72BEaNHi1GHa54-lfxHYerK3Tblu8tHJVZyfWH3PLyKM6-xr_uVjc8yC0GSXi4eQewWE5m7M47nLXEB2ihR/s400/DSC_0522+(2)+as+Smart+Object-1.jpg" width="388" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>

Eu, o Matumba e o Preto

Narrativa contada pelo “Eu” (designação fictícia), a propósito do proprietário do quiosque de Pinhel, que atravessava a rua diante de mim, d...

segunda-feira, maio 28, 2012

Lendas cá da aldeia

Lendas cá da aldeia

Pão e chouriça Um senhor cego e um amigo, pedem esmola na rua. Um dia recebem de esmola pão e chouriça. No regresso a casa o que não é cego ...

sexta-feira, outubro 14, 2011

O Prior de Trancoso ...1487...

<span style="font-weight: bold;">SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO</span><br /><span style="font-style: italic;"><br />(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7) </span><br /><br />"Padre Francisc<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNXs9Pfr6FLlToJjJzpH09hoc-FyiammmVSARgjWMLSmfXYJlA0AYyVKRoR0HfIYs3QJO0ZIyqioAOaKgQSt2l3vnnV0ML2o3KE2KCN3Ukgxp_MABHAYXxXzobrYX56V9SHGBA7HFvsNow/s1600/Padrecosta.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546103298520973170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNXs9Pfr6FLlToJjJzpH09hoc-FyiammmVSARgjWMLSmfXYJlA0AYyVKRoR0HfIYs3QJO0ZIyqioAOaKgQSt2l3vnnV0ML2o3KE2KCN3Ukgxp_MABHAYXxXzobrYX56V9SHGBA7HFvsNow/s400/Padrecosta.jpg" style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 167px; height: 257px;" /></a>o da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas  e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.<br /><br />Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino  e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".<br /><br /><strong>E agora vem o melhor:</strong><br /><br />"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".<br /><br /><a href="http://diario.iol.pt/noticia.html?div_id=4071&id=859732" rel="lyteframe" rev="width:1000px; height:800px; scrolling:yes;" title=""><span style="font-style: italic;">diario.iol.pt</span></a>

O Prior de Trancoso ...1487...

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7) "Padre Fran...

quinta-feira, dezembro 02, 2010